A intricada história por trás do aumento da letalidade policial em São Paulo acaba de ser revelada em uma reportagem que figura como finalista no 47º Prêmio Vladimir Herzog, um dos mais prestigiados reconhecimentos da imprensa brasileira. O foco? A análise contundente da política de segurança sob a administração do governador Tarcísio de Freitas e do secretário de segurança pública, Guilherme Derrite.
No coração dessa investigação, chamada A Política da Bala, uma radiografia profunda revela o que realmente está em jogo. Utilizando boletins de ocorrência, processos judiciais, laudos e vídeos de 227 incidentes ocorridos em 2024, a equipe jornalística documentou 246 mortes decorrentes de intervenções policiais.
Os dados são alarmantes: 85 pessoas desarmadas perderam a vida, e 47 foram atingidas pelas costas, desafiando os protocolos que permitem reações armadas apenas em situações extremas. A descoberta de um “pelotão da morte”, composto por policiais que contribuíram para mais de 20% dos homicídios, adiciona uma camada de gravidade ao relato.
A premiada equipe, composta por Artur Rodrigues, Renan Porto e Rodrigo Freitas, não deixou pedra sobre pedra. Com uma concepção que envolveu mentes brilhantes como Lilian Tahan e Márcia Delgado, o minidocumentário que acompanha a reportagem está repleto de descobertas chocantes.
O Prêmio Vladimir Herzog, criado em memória do jornalista assassinado pela ditadura militar em 1975, celebra não apenas a qualidade do jornalismo, mas também seu papel fundamental na defesa dos direitos humanos. Este ano, uma nova categoria foi adicionada, enfatizando a importância das pautas democráticas em tempos turbulentos.
Em anos anteriores, o Metrópoles já foi reconhecido pelo seu trabalho incisivo, refletindo um compromisso contínuo com a verdade e com a justiça social. O que esta nova edição trará para o palco do jornalismo?
Esta é uma história que merece ser contada e discutida. O que você pensa sobre as revelações da reportagem? Deixe seu comentário e participe dessa conversa essencial!