29 setembro, 2025
segunda-feira, 29 setembro, 2025

Trump afirma que negociações para encerrar guerra em Gaza estão em ‘estágios finais’

Compartilhe

Plano inclui cessar-fogo permanente, retirada israelense e retorno seguro dos reféns; presidente dos EUA se encontrará com o premiê israelense Benjamin Netanyahu nesta segunda (29)

Mohammed Saber/EFE

Fumaça sobe na Torre de La Meca após ataque aéreo israelense durante operação militar na cidade de Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que as negociações para encerrar o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza estão em seus “estágios finais” e podem abrir caminho para uma paz mais ampla no Oriente Médio. Segundo ele, um acordo pode incluir a libertação de reféns israelenses e a criação de um futuro governo em Gaza sem o Hamas. “Se conseguirmos isso, será um grande dia para Israel e para o Oriente Médio. Será a primeira chance de paz real na região. Mas precisamos concluir isso primeiro”, disse Trump em entrevista ao site Axios.

O presidente norte-americano ressaltou que os países árabes envolvidos nas negociações têm colaborado ativamente. “O Hamas está negociando com eles. O mundo árabe quer paz, Israel quer paz, e Bibi [Netanyahu] quer paz”, afirmou. Trump também tem demonstrado interesse em ganhar o Nobel da Paz, destacando em discurso na Assembleia-Geral da ONU que encerrou “sete guerras” durante seu governo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que enfrenta crescente pressão interna e isolamento internacional, deve se reunir com Trump na Casa Branca nesta segunda-feira (29) para defender sua estratégia de “terminar o trabalho” contra o Hamas em Gaza. Segundo especialistas, ele precisa aceitar o plano americano de 21 pontos, apresentado à margem da Assembleia-Geral da ONU, para encerrar a guerra.

O plano inclui cessar-fogo permanente, retirada israelense e retorno seguro dos reféns. Também prevê a formação de um governo em Gaza sem o Hamas, com participação da Autoridade Palestina, e a criação de uma força de segurança internacional composta por tropas palestinas e de países árabes.

Alguns pontos do plano podem gerar resistência em Israel, especialmente entre ministros de extrema direita, que exigem a destruição completa do Hamas antes de qualquer acordo e se opõem à participação da Autoridade Palestina. Além disso, o Hamas rejeitou publicamente a exigência de desmilitarização de Gaza e ainda não recebeu proposta oficial de mediação do Catar ou do Egito.

O conflito teve início em 7 de outubro de 2023, com um ataque do Hamas no sul de Israel que matou 1.219 pessoas, a maioria civis. A ofensiva israelense de retaliação em Gaza deixou cerca de 66.000 mortos, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, números considerados confiáveis pela ONU.

Enquanto isso, protestos em Israel e pressão internacional pedem um cessar-fogo imediato. “A única coisa que pode impedir a queda no abismo é um acordo completo que termine a guerra e traga todos os reféns e soldados para casa”, disse Lishay Miran-Lavi, esposa de um refém israelense em Gaza.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você