Pontífice criticou o que chamou de ‘trato desumano’ sofrido por imigrantes sem documentos nos Estados Unidos
Alberto PIZZOLI / AFP
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, católica praticante, rejeitou as críticas do pontífice
A Casa Branca defendeu nesta quarta-feira (1) sua política migratória após o papa Leão XIV criticar o que chamou de “trato desumano” sofrido por imigrantes sem documentos nos Estados Unidos. “Alguém que diz ‘sou contra o aborto, mas concordo com o tratamento desumano aos imigrantes que estão nos Estados Unidos’, não sei se isso é estar a favor da vida”, afirmou o papa a jornalistas na terça-feira (30).
O pontífice, primeiro americano a liderar a Igreja Católica, acrescentou que alguém que é contra o aborto, mas apoia a pena de morte — que continua sendo legal em muitos estados dos EUA — também não é “realmente pró-vida”. Nascido em Chicago e nomeado papa em maio, após a morte de Francisco, Leão XIV fez essas declarações a jornalistas em sua residência de verão em Castel Gandolfo.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, católica praticante, rejeitou as críticas do pontífice quando questionada sobre o assunto nesta quarta-feira. “Rejeito que haja tratamento desumano a imigrantes ilegais nos Estados Unidos sob esta administração”, disse Leavitt a repórteres em coletiva.
Segundo ela, houve “um tratamento significativo e desumano a imigrantes ilegais” sob o ex-presidente Joe Biden, quando números recordes de pessoas cruzaram a fronteira sul com o México. “Esta administração está tentando aplicar as leis da nossa nação da forma mais humana possível”, acrescentou Leavitt.
Meses antes de sua eleição como sumo pontífice da Igreja, o ex-cardeal Robert Francis Prevost havia publicado artigos nas redes sociais criticando Trump e o vice-presidente JD Vance, também católico, em especial sobre questões migratórias.
*Com informações da AFP
Publicado por Nátaly Tenório