EDUARDO CARMIM/AGÊNCIA O

Tiquinho Soares do Santos, durante partida entre SANTOS x GRÊMIO, válida pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro, realizado no estádio da Vila Belmiro, em Santos, na noite desta quarta-feira (01)
Fora pelo terceiro jogo seguido, Neymar vem fazendo enorme falta ao Santos. Mesmo sem o astro em campo, o time continua invicto sob a direção de Juan Pablo Vojvoda. Mas carente de vitórias. Nesta quarta-feira (1), com seu camisa 10 apenas na torcida nas tribunas da Vila Belmiro, o time esbarrou na forte retranca do Grêmio e apenas buscou a igualdade por 1 a 1 graças a gol de Lautaro Díaz no fim, ainda correndo risco de queda no Brasileirão.
Foi a quinta partida do Santos sob direção de Vojvoda e a quarta igualdade. O único triunfo veio no clássico com o São Paulo, por 1 a 0, na Vila Belmiro. A expectativa diante dos gaúchos era somar a segunda vitória em casa para dar salto na tabela para a 13ª colocação, abrindo sete do Juventude, que abre o descenso – ficou com cinco.
Contudo, faltou a criatividade de Neymar, apesar do esforço de Rolheiser e Barreal na armação. Guilherme e Lautaro Díaz pouco fizeram na frente, diferentemente do que o astro machucado e sem data de retorno poderia produzir. Vojvoda não quis inventar e mandou a campo um time quase igual ao escalado no empate por 2 a 2 contra o Red Bull Bragantino na rodada anterior. Apenas com o retorno de Escobar na lateral esquerda. Satisfeito com o apresentado em Bragança Paulista, o técnico dava voto de confiança ao time na busca de uma vitória que deixaria a zona de rebaixamento bastante distante.
Mas tinha um Grêmio com marcação reforçada com três defensores e em visível tática de proteger bem a área e investir nos contragolpes com os ligeiros Alysson e Pavón nas beiradas e o artilheiro André Henrique a área. Sem os experientes Marcos Rocha e Willian, machucados, Mano Menezes optou por erguer o muro atrás. A tática deu certo nos minutos iniciais, com o Santos sofrendo para criar. O time da casa demorou 13 minutos para escapar da muralha gremista e incendiar a torcida. Rolheiser soltou a bomba de longe de Gabriel Grando espalmou. Após o escanteio, o goleiro voltou a salvar o que seria o primeiro gol santista.
Na primeira escapada gaúcha, Alysson enfileirou marcadores e tocou para Edenilson na área. Brazão saiu equivocado do gol e deixou a bola para o garoto abrir o marcador. A bola, contudo, bateu na mão do volante e após consulta ao VAR, o gol acabou anulado equivocadamente. Foi o que de melhor ocorreu em uma etapa inicial bastante sofrida e com santistas irritados com alguns jogadores em campo por causa dos tantos erros. Vojvoda deixou o banco em passos largos ciente que precisava fazer algo para melhorar o pobre e lento futebol do Santos.
O técnico argentino ousou, tirando o criticado volante João Schmidt para a entrada do centroavante Tiquinho Soares. Povoando a área, queria acabar com a tranquilidade em campo dos visitantes. Acabou deixando espaços para o Grêmio. Depois de deixar o primeiro esbravejando com o toque de mão anotado que anulou o gol gremista, Edenilson apareceu bem na área para completar cruzamento de Pavón e colocar os gaúchos em vantagem. Curiosamente, a dupla acabou substituída antes mesmo do reinício do jogo.
A grande chance da igualdade veio em mais um lance com muito reclamação. Lautaro Díaz bateu e Grando salvou. No rebote, o chute atingiu os braços de Wagner Leonardo e Tiquinho ainda exigiu nova defesa do goleiro gremista, com as pernas. O Santos cobrou pênalti. Aos 42 minutos, Neymar ficou ‘congelado’ com os braços erguidos após a batida de Zé Rafael acertar o travessão, quicar na risca e bater duas vezes mais nas traves. O grito de gol veio a seguir após nova bola no travessão que desta vez sobrou para a cabeçada de Lautaro Díaz. Apesar da gigantesca pressão final, a virada não veio.
*Com informações do Estadão Conteúdo