10 outubro, 2025
sexta-feira, 10 outubro, 2025

Onde foi parar o metaverso? Agora, Meta quer levá-lo para todos dispositivos

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O metaverso já foi o foco da Meta, mas acabou ficando em segundo (ou até terceiro) plano ao longo do tempo. A mais nova empreitada da big tech é sua nova linha de óculos inteligentes, que deixaram os óculos de realidade virtual Meta Quest para trás.

Mas os esforços da empresa em alavancar seu universo digital não terminaram. A companhia quer levar o metaverso para todos os dispositivos móveis, em uma tentativa de torná-lo mais atrativo para o público.

Montagem de Meta Quest 3S ao lado do Meta Quest 3
Há alguns anos, Meta está levando o metaverso para fora dos óculos de realidade virtual (Imagem: Divulgação/Meta)

Em 2021, a Meta lançou a primeira versão do Horizon Worlds, uma plataforma de jogos de realidade virtual em que desenvolvedores podiam criar seus próprios universos conectados. No entanto, as experiências eram muito simples e acabavam não sendo atraentes para o público.

As dificuldades foram bem documentadas. Em 2022, documentos internos vazados revelaram que o vice-presidente de metaverso da empresa, Vishal Shah, tinha suas críticas ao modelo. No caso, nem mesmo os funcionários da Meta estavam usando a plataforma, o que levou ao questionamento: “Se não a amamos, como podemos esperar que nossos usuários a amem?”.

Desde então, a empresa resolveu mudar essa abordagem, conforme contou o próprio Shah em entrevista ao The Verge.

Empresa resolveu expandir jogos para mais dispositivos (Imagem: Owlie Productions/Shutterstock)

A evolução do metaverso

Em 2023, a empresa abandonou a abordagem de “faça você mesmo”, que resultava em jogos pouco atrativos, e começou a investir por conta própria em obras de alta qualidade, como o Super Rumble, um jogo de tiro em realidade virtual.

Outro problema era que, inicialmente, o Horizon Worlds estava disponível nos óculos de realidade virtual da empresa. Mas por que alguém compraria se não era atraente? Com isso, a Meta decidiu levar o metaverso também para o desktop.

No início deste ano, a empresa lançou o Meta Horizon Studio, uma plataforma que permite que desenvolvedores criem jogos mais complexos a partir de comandos mais simples. Segundo Shah, foi uma tentativa de facilitar a vida dos desenvolvedores, sem baixar o nível de qualidade.

A big tech foi além e, já em 2023, começou a disponibilizar alguns jogos em dispositivos móveis. A lógica do vice-presidente de metaverso é simples: as experiências mais imersivas estão em realidade virtual. Mas as pessoas ainda não estão acostumadas com isso. Então, uma boa forma de acostumá-las a essa experiência é levá-las ao celular.

Empresa não desistiu do metaverso – só mudou a estratégia (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Inicialmente, levar o Horizon Worlds para o celular não deu certo. Segundo Shah, as especificações dos jogos não estavam certas.

A solução foi permitir que os desenvolvedores criem jogos exclusivamente para dispositivos móveis. Desde então, mesmo que o uso geral ainda seja incipiente, quadruplicou em número.

Leia mais:

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A Meta continua investindo em jogos para celulares e desktop, mas o objetivo final é outro:

  • Shah afirmou que não se trata de construir algo exclusivo para dispositivos móveis, mas sim de “jogabilidade multiplataforma” e de “garantir que as pessoas possam encontrar esses [mundos] em qualquer dispositivo que estejam usando”;
  • Com isso, a Meta levou o metaverso também para seus aplicativos, como Facebook e Instagram (nesse segundo caso, em fase de testes).
  • Agora, a empresa está evoluindo, pensando em obras personalizadas para diferentes plataformas – mas tudo de um jeito conectado;
  • Afinal de contas, como lembrou Shah, tudo é apenas um mundo. É disso que se trata o metaverso.
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