11 outubro, 2025
sábado, 11 outubro, 2025

O que se sabe sobre a volta dos reféns para Israel após cessar-fogo em Gaza

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O cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas entrou em vigor nesta sexta-feira (10), marcando um momento decisivo em um conflito que já dura dois anos. O acordo de paz, aprovado na quarta-feira (8) e mediado por Egito, Catar e Turquia sob coordenação dos Estados Unidos, prevê que o Hamas liberte todos os reféns em até 72 horas. O prazo termina às 6h de segunda-feira (13), pelo horário de Brasília. Segundo o governo israelense, 48 pessoas seguem em poder do grupo, das quais 20 estariam vivas.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou acreditar que os sobreviventes serão libertados na segunda-feira, embora exista a possibilidade de que a operação ocorra ainda neste fim de semana. Em Israel, o clima é de expectativa e comoção. Familiares das vítimas, que há dois anos cobram do governo a devolução dos reféns, farão um pronunciamento conjunto neste sábado (11) em frente a um quartel das Forças de Defesa de Israel, em Tel Aviv.

Ainda não há detalhes sobre como será feita a entrega dos reféns. Em tréguas anteriores, o Hamas entregou parte dos sequestrados à Cruz Vermelha, que intermediou a devolução a Israel com apoio militar. A principal dúvida agora é em relação aos corpos das vítimas mortas durante o cativeiro. O grupo terrorista afirma não saber onde estão os restos mortais e pediu mais tempo para localizá-los.

Para tentar resolver o impasse, a Turquia anunciou a criação de uma força-tarefa com a participação de autoridades estrangeiras. As buscas pelos corpos terão apoio de Israel, Estados Unidos, Catar e Egito. Segundo a imprensa israelense, oito corpos continuam desaparecidos.

Acordo de paz e retirada militar O plano apresentado por Trump prevê o fim dos bombardeios em Gaza e uma retirada gradual das tropas israelenses. Desde o início do cessar-fogo, as forças recuaram para linhas acordadas com o Hamas, reduzindo a área de ocupação de 75% para 53% do território.

O chefe do Estado-Maior de Israel instruiu as tropas a se prepararem para “todos os cenários” durante o processo de retorno dos reféns. O Hamas, por sua vez, deve libertar os sequestrados — vivos ou mortos — em troca da soltura de quase 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo condenados à prisão perpétua.

Pressão política e reconstrução de Gaza Em entrevista à Jovem Pan, o cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Eidraz, afirmou que o plano de paz é uma oportunidade para encerrar o ciclo de violência e reconstruir a Faixa de Gaza. Ele destacou que o projeto proposto pelos Estados Unidos inclui a desmilitarização da região e a retirada do Hamas do controle administrativo.

“O futuro de Gaza depende da cooperação internacional e da exclusão de grupos terroristas da gestão local”, afirmou Eidraz. Segundo ele, a reconstrução da região deve ser liderada pelos Estados Unidos, com o apoio de países árabes signatários dos Acordos de Abraão, como Egito, Catar e Arábia Saudita.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu enfrenta pressão interna para garantir a libertação dos reféns e preservar a coalizão de governo. O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, ameaçou deixar o gabinete caso o Hamas mantenha influência política em Gaza.

A comunidade internacional acompanha de perto o cumprimento do cessar-fogo e o desenrolar da libertação. A expectativa é de que o acordo abra caminho para um desfecho pacífico e duradouro após dois anos de guerra, que começara em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou um ataque que deixou mais de 1.200 mortos em Israel e provocou a morte de mais de 60 mil palestinos em Gaza, segundo autoridades locais.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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