Donald Trump afirmou que as relações com Pequim ‘vivem um bom momento’; alívio nas tensões comerciais impulsiona o real e renova o otimismo no mercado financeiro
CRIS FAGA/DRAGONFLY PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Dólar acumulou recuo de 1,78% na semana, após ter subido mais de 3% na anterior
O dólar fechou em queda de 0,69% nesta sexta-feira (17), cotado a R$ 5,4055, influenciado por sinais de trégua nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. A moeda americana acumulou recuo de 1,78% na semana, após ter subido mais de 3% na anterior, e o real registrou o melhor desempenho entre as principais divisas emergentes. O alívio veio após declarações conciliatórias de autoridades americanas. O presidente Donald Trump afirmou que as relações com a China “vivem um bom momento” e que as negociações com o presidente Xi Jinping “vão muito bem”, com um encontro previsto para as próximas semanas, na Coreia do Sul.
Trump também indicou que não pretende antecipar tarifas adicionais de 100% contra o país asiático. Mais cedo, o diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, disse que os EUA “não estão em uma guerra comercial com a China” e que os dois líderes mantêm uma relação próxima. O discurso reduziu a percepção de risco e estimulou o apetite global por ativos de maior retorno.
O Ibovespa acompanhou o otimismo externo e encerrou o dia em alta de 0,84%, aos 143.398 pontos, interrompendo uma sequência de três semanas de perdas. No acumulado da semana, o principal índice da B3 avançou 1,93%, aproximando-se novamente da marca histórica de 146 mil pontos. Entre as ações com melhor desempenho na sessão estiveram Raízen (+9,41%), Prio (+5,61%) e WEG (+4,48%). No lado negativo, Klabin (-2,04%), Totvs (-1,71%) e Natura (-1,21%).
O petróleo teve leve recuperação nas bolsas de Londres e Nova York, enquanto Petrobras subiu 0,95% (PN) e 0,48% (ON). A Vale, por sua vez, recuou 0,28%, acompanhando a queda do minério de ferro na Ásia.
Para analistas, a melhora do mercado refletiu sobretudo o cenário externo, com expectativa positiva para encontros diplomáticos e corporativos. O índice ainda acumula queda de 1,94% no mês, mas sobe 19,22% no ano.
*Reportagem produzida com auxílio de IA