O ex-tenista francês Jo-Wilfried Tsonga, que deixou sua marca como um dos melhores do mundo até a aposentadoria em 2022, desperta reflexões profundas sobre a cena atual do tênis. Em uma recente entrevista ao portal Univers Tennis, ele levantou questões sobre o domínio recente de Carlos Alcaraz e Jannik Sinner no circuito da ATP, questionando a intensidade da competição que esses jovens atletas enfrentam em comparação com sua própria era. Para ele, a época de ouro do tênis, marcada por figuras icônicas como Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic, apresentava um nível de desafio incomparável.
Tsonga expressou seu desejo de ver os atuais líderes do ranking enfrentando a antiga guarda. Ele comentou: “Por enquanto, são só os dois. Eu gostaria de vê-los na minha época, enfrentando Del Potro na terceira rodada, Murray nas oitavas, Djokovic nas quartas, Federer nas semifinais e Nadal na final.” Essa perspectiva ressalta não apenas a força e a rivalidade de sua época, mas também estabelece um contraste com a atual dominância de Alcaraz e Sinner.
O francês ainda destacou que a atual geração carece de competidores que consigam desafiar o topo do ranking. Durante seu auge, era comum que grandes campeões se enfrentassem nas fases iniciais dos torneios, tornando o campeonato muito mais competitivo. Ele obteve 18 títulos e enfrentou os maiores nomes da sua era, vencendo Federer em seis ocasiões, Nadal quatro vezes, Djokovic em seis partidas e Murray duas.
Hoje, o cenário é de domínio claro por parte da nova geração, onde Alcaraz e Sinner se destacam em torneios Grand Slam, vencendo a concorrência com facilidade. Esta realidade, segundo Tsonga, alimenta a percepção de que o circuito atual é mais acessível. Apesar de suas críticas, ele reconhece o talento e a habilidade dos dois jovens tenistas, mas ainda assim enfatiza que seria interessante vê-los testados em um contexto igualmente desafiador.
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