O rei Charles III desembarcou em Roma na quarta-feira (22), iniciando uma visita de Estado ao Vaticano que promete ser histórica. Ao lado de sua esposa, Camilla, ele se prepara para um evento inédito: uma cerimônia ecumênica na famosa Capela Sistina, celebrando as relações entre a Igreja Católica e a Anglicana, um marco significativo após cinco séculos desde o cisma anglicano que teve início em 1534, impulsionado pela recusa do papa em anular o casamento do rei Henrique VIII com Catarina de Aragão.
A visita ocorre em um momento delicado para o monarca, que enfrenta questões familiares delicadas devido às recentes revelações sobre seu irmão, o príncipe Andrew, no polêmico caso de Jeffrey Epstein. Ao mesmo tempo, Charles, que é o governador supremo da Igreja da Inglaterra, se prepara para se encontrar pela primeira vez com o novo papa, Leão XIV, que assumiu o cargo em maio passado.
A cerimônia na Capela Sistina, marcada para quinta-feira (23), tem como foco a proteção da natureza, uma causa que Charles III promove com fervor. A parte religiosa do evento apresentará canções produzidas pelos corais das capelas Sistina e de São Jorge de Windsor, unindo as tradições católica e anglicana em harmonia.
Além disso, o encontro entre Leão XIV e Charles III coincide com o Ano do Jubileu, uma celebração que atrai milhões ao Vaticano a cada 25 anos. Este é um momento de reflexão e celebração, mas também de tensão, uma vez que a visita do rei se dá logo após a publicação de memórias polêmicas de Virginia Giuffre, que acusou Andrew de abuso. Sob pressão, o príncipe já havia renunciado ao título de duque de York.
Charles III, que lida com um tratamento contra câncer desde o início de 2024, tem um histórico de visitas ao Vaticano. Sua última reunião com o papa Francisco aconteceu apenas 12 dias antes da morte do papa, fortalecendo as conexões entre as duas instituições. Durante sua estadia, o rei e Camilla também participarão de um serviço religioso na Basílica de São Paulo Extramuros, onde Charles será reconhecido como “confrade real”, um título que perpetuará sua influência nas gerações futuras da linha de sucessão britânica.
Esse momento não é apenas uma visita diplomática, mas sim uma oportunidade para reescrever capítulos da história entre duas tradições religiosas. O que você espera ver dessa histórica união? Compartilhe suas opiniões nos comentários!