A Caixa Econômica Federal está prestes a dar um passo audacioso: a criação de um fundo imobiliário que será lastreado em imóveis dos Correios. Essa informação, revelada pela assessoria do banco, é parte de uma estratégia do governo federal para reequilibrar as finanças da estatal que, neste momento, enfrenta um processo de reestruturação significativo.
Este novo fundo terá sua base em um portfólio diversificado de propriedades dos Correios, que abrange tanto prédios quanto terrenos. O intuito é transformar esses ativos fixos em liquidez, permitindo que a Caixa estruture o fundo e venda cotas a investidores. O montante arrecadado irá direto para o caixa da empresa, aliviando a pressão financeira enquanto outras medidas são implementadas.
Os Correios, embora ainda utilizem parte dos imóveis do fundo, passarão a arcar com os custos de aluguel, que por sua vez servirão para remunerar os cotistas do fundo, permitindo que eles participem dos rendimentos gerados. Isso cria uma relação sinérgica entre a estatal e os investidores, beneficiando ambos os lados no processo.
A Caixa será a responsável por toda a operação do fundo, e ainda está analisando a possibilidade de oferecer empréstimos complementares. Este movimento faz parte de um plano mais abrangente de recuperação financeira da estatal, que conta com uma série de ações de apoio do governo federal e iniciativas no mercado.
Além disso, o Tesouro Nacional se comprometeu a disponibilizar um crédito de R$ 20 bilhões para os Correios, reforçando o fluxo de caixa da empresa e garantindo a continuidade das operações durante este período de transição.
O plano de recuperação dos Correios abarca três frentes principais:
- Corte de despesas: redução de custos operacionais e administrativos;
- Diversificação de receitas: criação do fundo imobiliário e busca por novas fontes de faturamento;
- Recuperação financeira: operações de crédito, garantias e reestruturação de ativos.