Quadras no escuro: falta de iluminação na Asa Norte assusta moradores

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Na Asa Norte, especialmente nas quadras finais, uma nuvem de escuridão instalada tem gerado receios e insegurança entre os moradores. O Metrópoles foi até a região e encontrou ruas sem iluminação, onde as sombras se tornam mais que um detalhe: elas são um convite ao medo. O complexo viário Governador Roriz, logo após a Ponte do Bragueto, é um perfeito exemplo dessa realidade. Os postes, que deveriam oferecer segurança, permanecem apagados, deixando os transeuntes à mercê da escuridão, iluminados apenas pelos faróis fugazes dos carros.

A inquietante realidade é reforçada por relatos de moradores que acompanham a falta de iluminação desde a inauguração do local. Em uma hora de observação, foi notório que a passagem de pedestres ou ciclistas foi praticamente inexistente, evidenciando o temor que domina a região.

A experiência de viver em meio a essa escuridão é compartilhada por muitos. Moradores relatam que a falta de luz atrai usuários de rua, criando um terreno fértil para furtos e assaltos. Ronaldo Weigand, prefeito da 416 Norte, tem combatido essa situação através de protocolos com a Companhia Energética de Brasília (CEB), mas os resultados foram insatisfatórios. Após consertos, a iluminação acaba sendo novamente comprometida pelas chuvas, perpetuando a crise.

Luís Felipe Ramos, que vive na região há três anos, expressa sua preocupação: “Nunca aconteceu nada comigo, mas já ouvi relatos de assaltos”. A presença policial, segundo ele, é escassa, aumentando a sensação de vulnerabilidade. Mariana Rigo, uma residente de longa data da 216 Norte, ecoa sentimentos semelhantes, ressaltando como a falta de iluminação agrava a insegurança, especialmente para as crianças.

O aumento da população de rua também contribui para uma sensação de intimidação que afeta as idas ao supermercado ou farmácia, como relata uma moradora: “Entrei na farmácia e um homem me seguiu pedindo coisas. Me senti intimidada”. A sensação é de que a insegurança está se tornando parte da rotina, contradizendo a ideia de que a cidade é um espaço seguro e acolhedor.

Marivand Maia, síndico de um dos prédios, considera o baixo policiamento um dos principais fatores do aumento da criminalidade. Ele também compartilha experiências de vandalismo, onde canaletas foram furtadas em plena luz do dia. Em um cenário assim, o medo de andar pelas ruas cresce, como relatado pelo jovem Rafael Augusto, que se sente ameaçado ao voltar para casa após a escola.

A CEB, em nota, reconheceu as falhas na iluminação pública e a ocorrência de furtos de cabos. Contudo, a companhia afirma estar em ação para reparar os danos e restaurar a iluminação. Já o tenente-coronel Michello, do 3º Batalhão, observou que houve uma redução nos índices de criminalidade, mas isso ainda não é suficiente para dissipar o medo instalado na população.

Por outro lado, a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) destaca um esforço contínuo para lidar com a situação da população de rua, buscando alternativas que promovam a inclusão social. No entanto, a lamentação persistente sobre a falta de segurança e a descontinuidade dos serviços de iluminação continuam a ecoar entre os residentes, revelando uma cidade que, ao invés de ser um porto seguro, se transforma em um espaço de incertezas.

Assim, enquanto as autoridades tentam encontrar soluções, a população busca respostas e ações concretas. O que você acha que pode ser feito para mudar essa realidade na Asa Norte? Compartilhe sua opinião!

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