
No coração do Complexo do Nordeste de Amaralina, em Salvador, a noite de sexta-feira (24) foi marcada por protestos intensos. Tudo começou após duas mulheres serem feridas por estilhaços durante uma operação policial realizada na manhã daquele dia. A indignação dos moradores foi palpável, resultando em barricadas que bloquearam as principais vias da região e interromperam a circulação de ônibus.
As ruas ganharam vida com a voz de quem se sentia sem proteção. Barricadas improvisadas foram erguidas, e um ponto de transporte temporário foi estabelecido embaixo do viaduto do BRT, no Vale das Pedrinhas, próximo à ladeira que dá acesso a Santa Cruz. O aumento da tensão na comunidade foi evidente, enquanto fumaça subia em focos de incêndio registrados nas ruas 11 de Novembro e no Pistão do Areal, rapidamente contidos pela Polícia Militar, que reforçou a segurança na área.
A operação que causou toda essa agitação ocorreu por volta das 11h30, nas proximidades da Escola Municipal Professora Anita Barbuda. Segundo a PM, os agentes foram recebidos a tiros por homens armados, levando a uma troca de disparos que afetou imóveis nas proximidades. As duas mulheres feridas, que sofreram apenas ferimentos superficiais, foram encaminhadas a uma unidade hospitalar e estão estáveis.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) emitiu uma nota explicando que as ações de repressão no Complexo do Nordeste de Amaralina foram intensificadas na sexta-feira e prosseguirão “por tempo indeterminado”. O objetivo é capturar traficantes que atacaram os policiais durante um patrulhamento de rotina. Com isso, a normalização do transporte público na região ainda não tem previsão.
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