Na manhã de uma quarta-feira fatídica, um drama se desenrolou em Ceilândia (DF). Jhon Franklin de Moraes Fiúsa, um homem de 37 anos, perdeu a vida em uma feira no Setor M, após uma discussão que tomou um rumo trágico. O autor do crime, um professor que também atuava como feirante, se apresentou à polícia na sexta-feira (24/10), acompanhado de seu advogado. Ele se reportou à 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) e foi depois levado à 15ª DP, onde cumpriu o mandado de prisão.
O delegado Ataliba Neto, responsável pela investigação, relatou que o suspeito buscou a polícia espontaneamente. “Ele se apresentou na 19ª DP com seu advogado. Após a coleta de informações, acompanhamos o ocorrido e o levamos para a 15ª DP, onde foi interrogado e o mandado cumprido”, explicou o delegado.
Durante o depoimento, o acusado se defendeu alegando legítima defesa. Ele afirmou que foi agredido por Jhon e seu pai, que o atacaram com objetos como “pau, pedra e barra de ferro”. O suspeito garantiu que se feriu em decorrência da situação, segurando a faca apenas em um gesto defensivo. No entanto, essa versão foi rapidamente contestada pelos investigadores, que perceberam contradições com os depoimentos de testemunhas. “Acreditamos que ele busca diminuir sua própria responsabilidade”, destacou Ataliba Neto.
O suspeito relatou ainda um estado de desorientação após o ocorrido, reconhecendo que andou pela região antes de se esconder na casa de familiares em Recanto das Emas. Embora tenha recebido conselhos para fugir, decidiu que era melhor encarar a situação: “Passar a vida foragido não era uma opção”, declarou o delegado.
O incidente, que resultou na morte de Jhon, aconteceu enquanto ele tentava intervir em uma briga entre seu pai, um vendedor de lanches, e o suspeito, que vendia roupas e calçados usados. Após se distanciar da confusão, o autor retornou armado, atacando Jhon ao atingí-lo com uma facada no tronco. Apesar de socorrido rapidamente pela esposa e levado ao Hospital Regional de Ceilândia, Jhon infelizmente não sobreviveu aos ferimentos. A 15ª Delegacia de Polícia segue investigando o caso como homicídio qualificado.
Esse trágico episódio levanta questões profundas sobre a violência nas ruas e as repercussões que pequenos desentendimentos podem gerar. O que você pensa sobre a situação? Compartilhe sua opinião nos comentários.