27 outubro, 2025
segunda-feira, 27 outubro, 2025

“Boca de dragão”: motoboys com carga valiosa viram alvo na 25 de Março

Compartilhe

Na vibrante e ao mesmo tempo perigosa região da 25 de Março, em São Paulo, a vida dos motoboys se assemelha à de personagens de um thriller urbano. Eles trafegam por um labirinto de lojas repletas de eletrônicos, enfrentando quadrilhas que não hesitam em atacar à luz do dia. Quando a violência se torna parte da rotina, a sensação de insegurança se torna avassaladora.

No dia 18, a tragédia bateu à porta de mais um profissional. Um motoboy foi baleado na cabeça durante uma tentativa de assalto perto das ruas Barão de Duprat e Carlos de Souza Nazaré, pontos críticos daquela famosa área comercial. O que deveria ser apenas mais um dia de trabalho virou um pesadelo, deixando sua marca não só na vítima, mas em toda a comunidade de entregadores.

Na pressa de escapar, um dos criminosos foi ferido por um policial militar de folga que se encontrava nas proximidades. O tiroteio, infelizmente, é uma constante na vida desses profissionais, que sentem a pressão da insegurança aumentar. Recentemente, motoboys organizaram um protesto cobrando medidas de segurança mais eficazes.

Esses motoboys transportam cargas valiosas que podem ultrapassar R$ 500 mil, em uma única corrida, se tornando alvos fáceis em meio à multidão. Ao invés de marmitas e lanches, estão levando iPhones e notebooks. Eles afirmam que, muitas vezes, os criminosos já têm informações detalhadas sobre o que estão transportando, tornando a situação ainda mais arriscada.

Marcelo Duty, com 18 anos de experiência na profissão, descreve a 25 de Março como uma “boca de dragão”, gíria que retrata a concentração de crimes naquela área. Assaltos ocorrem até mesmo dentro do Mercado Kinjo Yamato, onde os ladrões frequentemente seguem entregadores desde os grandes centros de compras, emboscando-os durante as entregas.

Por trás de cada carga, há histórias muito mais profundas. Um motoboy recorda um incidente recente em que quase perdeu a vida por causa de um carregamento de celulares avaliado em R$ 70 mil. Ele escapou da armadilha ao gritar por socorro, e, surpreendentemente, a comunidade reagiu, assustando os ladrões. Mas esse tipo de situação não é isolado; é o dia a dia de quem se arrisca a trabalhar na área.

A chegada do fim do ano intensifica as preocupações. O aumento das entregas traz não apenas trabalho extra, mas também um risco maior, já que criminosos estão sempre de olho nas oportunidades. A insegurança é palpável, e a luta por proteção se torna urgente a cada dia.

Em resposta a essa crise, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirma estar intensificando a vigilância na região. A incidência criminal mostra uma redução, mas os relatos de assaltos ainda fazem com que muitos motoboys se sintam inseguros. A cidade está repleta de promessas, mas o que realmente se espera é uma transformação nas ruas que garantam a segurança de quem faz a economia girar.

E você, o que pensa sobre a situação enfrentada por esses brave motoboys? Compartilhe suas opiniões nos comentários e junte-se à conversa sobre como podemos contribuir para melhorar a segurança nas ruas. Sua voz é importante!

Você sabia que o Itamaraju Notícias está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.

Veja também

Mais para você