ARTIGOS
Confira editorial do Jornal A TARDE

27/10/2025 – 3:25 h

Ilustrativa –
Fechar
O consumo de álcool no Brasil se configura como uma questão crítica de saúde pública, revelando um impacto devastador em nossas comunidades. Cirroses, divórcios e uma alarmante conexão com crimes de feminicídio e assaltos são apenas algumas das consequências que esse hábito traz na vida das pessoas.
Além de ser um problema entre os adultos, o consumo por jovens se torna cada vez mais prevalente, levantando questões sobre a eficácia da Lei 15.234/2025, que impõe punições mais severas a quem fornece álcool a menores. Essa legislação revisa o artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente, aumentando de 2 a 4 anos para até 8 anos de detenção a pena para os culpados, dependendo da gravidade da situação.
A questão é grave: um em cada quatro jovens admite que consegue adquirir bebidas alcoólicas facilmente. Esse panorama sombrio, onde a faixa etária dos consumidores se reduz, reflete uma coautoria que envolve não apenas os próprios jovens, mas também alambiques, governos e revendedores.
Uma reportagem recente d’A TARDE destaca a urgência desse problema, trazendo à tona vozes significativas, desde educadores até jovens consumidores. Um ponto central discutido é a necessidade de educação preventiva, que parece essencial em um país que frequentemente ignora as legislações estabelecidas.
A responsabilidade de garantir que a nova normativa seja cumprida recai sobre os poderes públicos, que devem implementar estratégias efetivas nos estabelecimentos que comercializam bebidas. Contudo, essa não é uma tarefa fácil, considerando a facilidade de acesso ao álcool.
Enquanto o álcool é, muitas vezes, visto como um componente da economia, seu lado destrutivo não pode ser subestimado, especialmente para as futuras gerações que podem carregar o peso desse vício.
O que você pensa sobre a relação do álcool com a juventude? Compartilhe suas ideias nos comentários e participe dessa discussão importante!