
Cerca de 196 povos indígenas, que escolheram viver isolados do resto da sociedade, enfrentam um futuro incerto. Mais de 90% desses grupos habitam a floresta amazônica, predominantemente no Brasil, mas também em países como Peru, Indonésia e Índia. Neste cenário, uma ONG especializada alerta que, se não houver ação imediata, existe o risco real de que quase metade deles desapareça em apenas dez anos, sufocados pela exploração florestal, mineração e até pelo turismo.
Em uma coletiva de imprensa em Londres, Caroline Pearce, diretora executiva da Survival International, fez um apelo urgente. Ao lado do renomado ator Richard Gere, ela enfatizou a importância de reconhecer a gravidade dessa situação, instando governos e empresas a tomarem uma atitude proativa. “Estamos pedindo que o mundo abra os olhos para essa realidade e atue com responsabilidade”, afirmou Pearce.
As recentes mudanças nas leis do Peru são motivo de preocupação. O governo tem eliminado proteções fundamentais para os direitos dos povos indígenas. Herlin Odicio, um membro da comunidade kakataibo, expressou sua profunda preocupação em relação ao desmatamento ilegal e à invasão de terras por plantações de coca. “Não estamos pedindo favores”, disse ele. “É um direito nosso, ancestral e inegociável.”
Apesar de existirem normas internacionais que garantem os direitos dos povos indígenas, a aplicação dessas leis é, muitas vezes, insatisfatória. É imperativo que medidas concretas sejam adotadas para criar zonas protegidas e garantir a sobrevivência desses grupos que, por tanto tempo, têm vivido em harmonia com a natureza.
A situação é crítica, e as vozes de defesa são mais importantes do que nunca. O que você pensa sobre essa questão? Deixe seu comentário e compartilhe suas ideias sobre como podemos, juntos, proteger os direitos desses povos únicos.