Na última segunda-feira, Nicolás Maduro, o presidente da Venezuela, declarou a suspensão cautelar dos acordos de cooperação energética com Trinidad e Tobago. Essa decisão, segundo ele, é uma resposta a alegadas ameaças militares articuladas pelos Estados Unidos e à suposta adesão do país caribenho a planos agressivos direcionados a Caracas.
Durante a 95ª edição do programa Con Maduro +, ele enfatizou que a decisão foi elaborada com base nas recomendações de especialistas da estatal PDVSA e do Ministério de Hidrocarbonetos. “Sim, essa é uma proposta que me fizeram, que é denunciar o acordo energético que assinamos com grande entusiasmo anos atrás para o desenvolvimento dos blocos de gás compartilhados que a Venezuela possui”, afirmou Maduro.
O presidente destacou que a Venezuela tem sido generosa em manter o fornecimento de gás para Trinidad e Tobago, demonstrando “fraternidade bolivariana”. No entanto, ele alertou que, diante da possibilidade de Trinidad e Tobago atuar como “um porta-aviões do império dos EUA”, a única alternativa era a suspensão imediata do acordo energético. Maduro está consultando o Conselho de Estado, o Supremo Tribunal de Justiça e a Assembleia Nacional para discutir medidas adicionais.

Além disso, o governo venezuelano anunciou a captura de mercenários, supostamente treinados pela CIA, envolvidos em um plano de autossabotagem contra embarcações militares venezuelanas. Maduro informou que três ataques terroristas foram desmantelados, e o último deles tinha como objetivo prejudicar o contratorpedeiro USS Gravely, da Marinha dos EUA, que se encontrava em portos trinitários.
Por outro lado, o governo de Trinidad e Tobago negou as acusações, afirmando que a presença do navio norte-americano na região é voltada para esforços de cooperação em segurança marítima e combate ao crime transnacional. A nota oficial reafirmou a importância da relação com o povo venezuelano, fundamentada em uma história compartilhada.
As tensões entre Venezuela e Estados Unidos aumentaram, especialmente após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter confirmado operações secretas da CIA na Venezuela. O governo de Maduro denunciou a presença militar norte-americana no Caribe como uma “provocação hostil”. O presidente reitera que a Venezuela busca paz e liberdade, frente a ameaças externas, enquanto defende sua soberania e recursos naturais, citando reservas consideráveis de petróleo e água.
A situação continua a evoluir, e a resposta de Caracas demonstra a complexidade das relações geopolíticas na região. O que você pensa sobre as ações de Maduro? Compartilhe sua opinião nos comentários!
