
Na manhã de 28 de outubro, um sombrio episódio impactou a tranquila vida do assentamento Córrego da Barriguda, na zona rural de Itamaraju, extremo sul da Bahia. Dois agricultores, Alberto Carlos dos Santos, de 60 anos, e seu filho, Amauri Sena dos Santos, de 37, foram brutalmente mortos, enquanto Joabson Lima Alves dos Santos, de 35, ficou gravemente ferido ao ser atacado por um grupo armado. O ataque, supostamente motivado por uma disputa de terras, deixa um rastro de dor e incerteza na comunidade local.
Testemunhas relataram que cerca de 30 indígenas pataxó, com os rostos pintados e armados com pistolas e fuzis, invadiram o assentamento por volta das 7h. A ação foi descrita como uma tentativa de retomar uma área tradicionalmente ocupada pelo povo pataxó. Contudo, os agricultores afirmam que habitam a região há mais de 20 anos, sendo parte de um assentamento de reforma agrária estabelecido em uma área de 375 hectares.
O cacique Aruã Pataxó, coordenador regional da Funai, confirmou que o episódio ocorreu dentro dos limites da Terra Indígena Barra Velha, demarcada desde 2008. Segundo ele, o ataque representa um “processo de retomada” da terra ancestral. Entretanto, os relatos dos agricultores contrastam com essa versão. Um agricultor anônimo descreveu o ataque como “violento e inesperado”, destacando o pânico gerado entre os moradores, incluindo mulheres e idosos, que foram ameaçados.
Apesar do terror vivido, os residentes do assentamento afirmam que não abandonarão a área. A situação permanece tensa, e as autoridades estão investigando o caso, buscando esclarecer os eventos que resultaram em tal tragédia. A tensão entre a comunidade agrícola e os indígenas pataxó evidencia um conflito territorial profundo, exigindo atenção e diálogo.
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