Na manhã desta quarta-feira, Donald Trump aterrissou em Gyeongju, Coreia do Sul, marcando a terceira e última etapa de sua turnê pela Ásia. O foco agora é a anticipada cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), onde as atenções se voltam para sua reunião com o presidente chinês, Xi Jinping, agendada para amanhã.
Recebido pelo presidente sul-coreano Lee Jae Myung, Trump foi presenteado com uma réplica de uma coroa de ouro histórica e honrado com a Ordem de Mugunghwa, a mais alta condecoração sul-coreana. Este gesto simboliza não apenas um encontro diplomático, mas também a busca por fortalecer laços entre as duas nações.
O encontro com Xi Jinping, confirmado pela China, é o primeiro entre os dois líderes desde o retorno de Trump à Casa Branca. Este momento é crucial, dado o ambiente de tensão comercial entre os dois países, e promete discussões profundas sobre as relações bilaterais e interesses estratégicos.
Trump expressou otimismo, prevendo uma “excelente reunião” e a resolução de “muitos problemas”. As expectativas são altas. O governo chinês lançou suas cartas na mesa, sugerindo que as nações precisariam “se encontrar no meio do caminho”, especialmente diante da ameaça de novas tarifas sobre produtos chineses.
Taiwan, uma questão delicada, pode também estar no cerne das discussões. Ao convidar Trump a reafirmar que Washington não apoia a independência da ilha, Xi procurará restaurar uma relação de confiança, algo que há muito se perdeu. Em Taipei, há uma esperança de que o diálogo se mantenha estável, apesar da pressão contínua de Pequim.
Os produtores de soja americanos, por sua vez, aguardam ansiosamente por um desfecho que alivie a crescente crise imposta pela disputa comercial. A suspensão das importações chinesas resultou em um cenário desolador, com milhares de agricultores lutando para escoar sua produção. O Brasil, por outro lado, tem se beneficiado, aproveitando o vácuo deixado pelos EUA como principal fornecedor de soja para a China.
As terras raras, essenciais para uma variedade de tecnologias modernas, também devem ser tema de destaque. Sob o domínio chinês na produção desses minerais, os EUA buscam diversificar suas fontes e o Brasil surge como um potencial aliado. Suas reservas das terras raras são promissoras, embora ainda estejam na fase inicial de exploração.
Em relação às tarifas atuais, os EUA mantêm uma taxa de 20% sobre produtos químicos usados na produção de fentanil. A partir do próximo mês, uma nova tarifa de 100% pode ser imposta sobre as exportações chinesas de terras raras, enquanto pressão adicional é exercida sobre as importações de petróleo da Rússia e da Venezuela.
Com esta complexa teia de interações comerciais e políticas, o encontro entre Trump e Xi não é apenas um capítulo em uma relação tumultuada, mas um potencial divisor de águas em um cenário global em rápida mudança. E você, qual a sua expectativa em relação a este encontro? Deixe seus comentários abaixo!