30 outubro, 2025
quinta-feira, 30 outubro, 2025

Comissão de Segurança na Alesp volta a travar mesmo com tema em foco

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Imagem Destacada Após uma pausa de quase dez meses sem deliberações, a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) enfrentou outro revés: a reunião agendada para esta quarta-feira (29/10) foi cancelada devido à ausência de deputados. O deputado Major Mecca (PL), presidente do colegiado, expressou sua decepção: “Fico decepcionado”, declarou.

A expectativa era alta, especialmente após a repercussão chocante da megaoperação policial no Rio de Janeiro, que resultou na morte de 121 pessoas, incluindo quatro policiais, tornando-se a operação mais letal do estado. Mecca acreditava que a gravidade da situação mobilizaria seus colegas para este encontro, mas isso não aconteceu. Ele atribui a falta de quórum à oposição, que, segundo ele, boicota os trabalhos da comissão.

Por outro lado, representantes do PSol e do PT defendem que a própria base do governo é responsável pela desmobilização, ressaltando que o governo deve garantir o quórum necessário. “Quem tem que dar quórum é o governo”, afirmou o deputado Reis (PT). Atualmente, a comissão conta com 11 membros, sendo três da oposição, e apenas alguns deputados compareceram à reunião.

A pauta da segurança na Alesp é cercada de críticas, especialmente da esquerda. A comissão aguarda uma proposta do governo para a Revisão da Lei Orgânica da Polícia Civil, considerada uma das iniciativas mais relevantes antes do fim do mandato do governador Tarcísio de Freitas. Além disso, há um interesse explícito em intensificar as discussões nessa área, buscando destacar o secretário da Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite (PP), que planeja uma candidatura ao Senado em 2026.

As reações à operação no Rio de Janeiro ressoaram na classe política. Governadores de oposição ao governo federal, incluindo Tarcísio de Freitas, se reuniram virtualmente para articular um suporte ao estado diante da crise de segurança. Guilherme Derrite, por sua vez, deve se licenciar do cargo para retomar seu papel como deputado federal e relatar um projeto que equipara facções criminosas a grupos terroristas na Câmara. Ele almeja votar esse projeto nas próximas semanas, enquanto o presidente da Câmara, Hugo Motta, busca acelerar a tramitação da PEC da Segurança Pública.

É uma corrida contra o tempo, onde o tema da segurança torna-se um campo de batalha política acirrado. O que está em jogo transcende números e estatísticas; trata-se do futuro da segurança pública no Brasil. Como você enxerga essa situação? Deixe sua opinião nos comentários!

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