A Anvisa decidiu proibir o uso de duas substâncias químicas, TPO e DMPT, que estão presentes em produtos como esmaltes e unhas em gel. Esta decisão, anunciada na última quarta-feira (29), foi fundamentada em estudos que revelaram um risco de câncer e infertilidade associados à exposição prolongada a esses compostos.
Entretanto, a boa notícia é que as unhas em gel continuarão a ser permitidas no Brasil. O novo regulamento exige que produtos contendo essas substâncias sejam retirados do mercado até janeiro de 2026, mas a técnica permanece válida e acessível às clientes e profissionais.
O Olhar Digital elucida, a seguir, quais itens serão impactados, como as marcas vão se adaptar a essa mudança e o que manicures e consumidoras precisam estar cientes.
A nova resolução da Anvisa não proíbe a prática de unhas em gel. O foco está nas substâncias TPO (óxido de difenil [2,4,6-trimetilbenzol] fosfina) e DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), que reagem à luz ultravioleta (UV) ou LED para garantir a durabilidade e o acabamento perfeito das unhas. Sua inclusão na lista de ingredientes proibidos é respaldada por estudos que associam esses compostos a sérios riscos à saúde.
Na prática, isso obrigará manicures e nail designers a reformular muitos produtos que usam em seus serviços, como esmaltes em gel, top coats, géis construtores e selantes.
A Anvisa mantém a técnica de alongamento e esmaltação permitidas, desde que os produtos estejam livres de TPO ou DMPT.
Com relação aos prazos, a nova resolução estipula que os fabricantes têm até 29 de outubro de 2025 para continuar a fabricação ou importação dos produtos afetados. Após essa data, apenas versões reformuladas poderão ser comercializadas. Enquanto isso, salões de beleza e manicures poderão utilizar seus estoques até 29 de janeiro de 2026, momento em que a venda e o uso desses cosméticos estarão integralmente proibidos.
Após esta data, qualquer produto que contenha TPO ou DMPT deverá ser recolhido e descartado. É fundamental que os fabricantes informem distribuidores e consumidores sobre essas mudanças. Em nota oficial, a Anvisa destaca que esta é uma medida preventiva para evitar riscos acumulativos à saúde de quem está em contato frequente com esses produtos.
Para as manicures e consumidoras, a técnica das unhas em gel continua ativa, mas a adaptação será crucial. Os profissionais precisarão atualizar seus estoques e descobrir novas marcas que cumpram as novas exigências. Assim, é recomendável que as consumidoras, ao frequentarem salões, verifiquem os rótulos e confirmem se os materiais usados atendem às novas regulamentações.
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