31 outubro, 2025
sexta-feira, 31 outubro, 2025

Venda de “sementes da noia” faz agrônomos da erva pegarem pena pesada

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imagem relevanteA Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) fez história ao desmantelar uma das mais sofisticadas operações de tráfico de drogas do Brasil, encerrando a atuação da temida organização criminosa conhecida como “os agrônomos da erva”. Com penas somadas que ultrapassam 180 anos de reclusão, essa ação representa um marco na luta contra o tráfico profissionalizado.

A Operação Breeder teve início nas primeiras horas da manhã de 27 de fevereiro do ano passado, com uma estratégia meticulosa que envolveu a Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) e o suporte de diversas delegacias. Os agentes cumpriram mandados de prisão e busca em várias regiões do DF e também em outros estados, desarticulando uma rede que operava como uma verdadeira startup do crime.

O grupo funcionava como uma empresa, com divisão de tarefas e ganhos mensais superiores a R$ 2 milhões. Utilizando plataformas digitais para venda e um sofisticado sistema de lavagem de dinheiro, eles disfarçavam os lucros ilícitos como rendimentos de um “banco de sementes especializadas”. Essa renovação no modus operandi trouxe desafios significativos para as forças de segurança.

Veja as condenações:

  • Renato Mendes Brasileiro – 44 anos, 6 meses e 10 dias de reclusão, identificado como o líder do grupo e responsável pela coordenação logística.
  • Bruno Klyford Cirino de Souza Portes – 35 anos, 6 meses e 20 dias, atuava no cultivo indoor e distribuição.
  • Gabriel Filgueira Alves Batista – 35 anos, 6 meses e 20 dias, encarregado das plataformas digitais de venda.
  • Lucas Lima Rodrigues – 35 anos, 6 meses e 20 dias, gerente de produção nas estufas de cultivo.
  • Luís Henrique Lorentz Almeida – 35 anos, 6 meses e 20 dias, responsável pela embalagem e comercialização das sementes gourmetizadas.

Apreensões significativas: A fase ostensiva da operação resultou em sucessivas apreensões, incluindo uma enorme quantidade de maconha, tanto colhida quanto em estufas. Equipamentos de última geração, como sistemas de refrigeração e impressão 3D, foram confiscados, assim como milhares de sementes de maconha e veículos de luxo, além de dinheiro proveniente do tráfico.

Além disso, armas de fogo foram encontradas nas residências de dois dos condenados, revelando a periculosidade do grupo.

Sentença exemplar: O juiz responsável pela decisão enfatizou que o grupo não apenas traficava drogas, mas controlava toda a cadeia produtiva, desde o cultivo até a comercialização. As penas severas foram justificadas pela organização e ousadia da operação, que tentava funcionar como um negócio legítimo.

Com as condenações dos “agrônomos da erva”, a Polícia Civil do Distrito Federal reafirma seu compromisso com o combate ao tráfico de drogas e à criminalidade organizada. A Operação Breeder se destaca como um exemplo eficaz na abordagem da modernização do tráfico no país. Que lições você acredita que essa operação pode ensinar sobre o combate ao crime organizado? Compartilhe suas opiniões nos comentários!

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