Recentemente, a megaoperação contra o Comando Vermelho na zona norte do Rio de Janeiro, apesar de ser aprovada por uma maioria da população, não gerou a sensação de segurança que muitos esperavam. Os dados do instituto Quaest, coletados nos dias 30 e 31 de outubro, revelam que 52% dos entrevistados percebem o Rio como menos seguro desde a intervenção policial, enquanto apenas 35% acreditam que a situação melhorou.
A pesquisa contrasta com outro dado esclarecedor: 64% dos moradores aprovaram a operação e 58% consideraram a ação nos complexos do Alemão e da Penha um sucesso. No entanto, os números referentes ao resultado da ação são alarmantes; ao menos 120 pessoas perderam a vida, incluindo 109 identificadas, quatro policiais e 78 com antecedentes criminais. Essa operação também resultou na apreensão de 93 fuzis, causando uma perda de quase R$ 13 milhões para a facção criminosa.
A pesquisa, que ouviu 1,5 mil pessoas e tem um nível de confiabilidade de 95%, também ficou reveladora em relação ao clima de medo e desconfiança. A maioria da população fluminense, 87%, acredita que o estado vive uma situação de guerra. Comparando com outras cidades do Brasil, a percepção é mais dividida: 51% vêem as grandes metrópoles como em guerra, enquanto 42% discordam.
Outro dado alarmante é que 74% têm medo de possíveis reações do narcotráfico. Ao serem questionados sobre quem está mais preparado para enfrentar o crime organizado, 48% acreditam que são as forças policiais, mas 44% mencionam as facções criminal. Quando se trata de ações em situações de confronto, as opiniões estão igualmente divididas: metade dos entrevistados acredita que a abordagem policial deveria ser a de prender sem atirar, enquanto 45% defendem uma ação mais direta.
O cenário traçado por esta pesquisa é um reflexo da complexidade da segurança pública no Rio de Janeiro. A população busca entender como é possível conquistar a paz em meio ao caos. O que você pensa sobre a situação atual? Você se sente seguro na sua cidade? Compartilhe sua opinião!