Recentemente, o relatório Focus trouxe uma atualização interessante sobre as expectativas para o IPCA de 2025, que agora está projetado em 4,55%. Essa cifra, embora um pouco acima do teto da meta, representa uma queda em relação ao mês passado, quando a expectativa estava em 4,80%. Para as últimas 90 estimativas, o número ajustou-se de 4,53% para 4,51%. Já a projeção para 2026 se estabilizou em 4,20%, mantendo-se inalterada desde o mês anterior.
O Banco Central tem um panorama um pouco mais otimista, prevendo uma inflação de 4,8% para 2025 e 3,6% em 2026, conforme o Comitê de Política Monetária (Copom) apresentou. Para o primeiro trimestre de 2027, a expectativa é de que a inflação anual fique em 3,4%. Com a taxa Selic firmada em 15%, o cenário econômico ainda é de elevada incerteza, o que resulta em uma abordagem cautelosa por parte do Comitê. A mensagem é clara: mesmo com a inércia das taxas, a avaliação da eficácia desse nível de juros na convergência da inflação à meta continuará em pauta.
Na ata da última reunião, o Copom explicou que, conforme o cenário se desenvolve como esperado, a decisão foi de manter a taxa inalterada para avaliar se essa estratégia será suficiente para alcançar a meta de inflação. A nova abordagem deste ano estabelece que a meta de inflação será contínua, com base na variação do IPCA em 12 meses, estabelecendo um alvo central de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Entretanto, é crucial observar que, caso a inflação não se mantenha dentro desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central não atingiu seu objetivo. Isso ocorreu após a divulgação do IPCA de junho. A autoridade ainda comunicou suas os planos de ver a taxa de inflação cair abaixo de 4,50% até o fim do primeiro trimestre de 2026. Para 2027, as expectativas de inflação diminuíram ligeiramente, de 3,82% para 3,80%, enquanto para 2028, a projeção passou de 3,54% para 3,50%.
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