Os funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) deliberaram em assembleia realizada nesta terça-feira (27) manter a paralisação de suas atividades nas cinco unidades do extremo sul da Bahia (Medeiros Neto, Teixeira de Freitas, Itamaraju, Eunápolis e Porto Seguro).
Com algumas abstenções e um voto contra, a ampla maioria rejeitou a proposta do banco e aprovou a continuidade da greve.
Os bancários consideram que o BNB até avançou em relação às cláusulas econômicas, mas avaliam como “desrespeitosa” a forma como o banco vem tratando as específicas. “Já faz quase uma década que o banco promete implementar o ponto eletrônico e não cumpre”, ressalta Marinalva Costa, funcionária do BNB e diretora do Sindicato dos Bancários do Extremo Sul da Bahia.
Com poucos avanços, os bancários benebeanos analisam as questões específicas como insuficientes, de caráter protelatório. “Como exemplo, um dos nossos anseios é ver o banco debater seriamente e apresentar uma proposta para o Plano de Cargos e Remunerações, incluindo todas as funções e níveis, reivindica”, Carlos Eduardo Coimbra, coordenador geral do sindicato.
Retorno ao trabalho
Já os trabalhadores dos demais bancos que atuam no extremo sul da Bahia (Bradesco, HSBC, Itaú, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), seguiram a orientação do Comando Nacional dos Bancários e retornaram ao trabalho. Em assembleias na noite de segunda-feira (26), a categoria optou por aceitar os reajustes de 10% no salário e de 14% nos vales.
Os bancários lotados nessas instituições, que reivindicavam 16% de reajuste salarial retornaram às suas atividades nesta terça, após 21 dias de greve.
Por Domingos Oliveira (Sindibancários Extremo Sul\Contraf-CUT)