Um grupo de manifestantes ocupou a sede do executivo municipal, no período matutino desta terça-feira (01), cobrando da administração um parecer sobre a área industrial pertencente ao município de Itamaraju.
Centenas de manifestantes adentram o prédio da prefeitura, onde rapidamente foi formulada uma comissão para representar os interesses da maioria e assim direcionar os anseios ao procurador jurídico Esteferson Marcial.
Com ânimos exaltados o dialogo seguiu, onde o procurador relatou que uma liminar judicial efetuada contra os manifestantes em setembro de 2015, poderá ser revigorada, tornando assim o novo ato como um desacato a justiça do município.
O clima ficou quente e manifestantes chegaram a ampliar o tom de voz com representante municipal. Que revidou proclamando que a invasão do terreno está irregular, além de contar com a presença de mototaxista e policiais militares, que agem como “Bandidos”, por não precisar e está invadindo patrimônio público. Chegou a relatar que notificará a casa militar sobre os supostos policiais envolvidos.
Os manifestantes argumentaram demonstrando que moradias estão sendo construídas para 462 famílias, onde foram investidos mais 300 mil reais pelos ocupantes do bairro “Vista da Pedra”, assim intitulado pelos sem teto.
Ao final da reunião o procurador garantiu procurar o gestor Manoel Pedro e o prefeito vencedor das eleições 2016 “Marcelo Angênica”, onde abordará a difícil situação, com investimentos dos ocupantes, além de apresentar alternativas para ajudar as pessoas que precisam de uma moradia.
As pessoas garantiram novo contato com o procurador nos próximos dias, podendo ainda acampar na prefeitura municipal se nenhuma medida for favorável aos manifestes.
Após a reunião na sede municipal, os manifestantes destinaram até o auditório da câmara legislativa e puderam ouvir do presidente Chico do hotel que garantiu votar o projeto de lei que transferir a documentação da área industrial em setor urbano.
Protesto
Mesmo com ânimos exaltados a ato foi pacifico, um grupamento da polícia militar esteve na prefeitura, garantindo a segurança do local, evitando que houvesse depredação do patrimônio público e integridade física dos funcionários. A polícia confirmou a presença de aproximadamente 200 pessoas, mas os manifestantes alegaram 3 centenas.
As famílias de sem-teto ocupam o terreno a mais de 4 meses, onde alegam ter construído 92 moradias, mas vivem de forma improvisada, muitos sem qualquer tipo de saneamento básico, na verdade as condições é tomada pelo improviso. O movimento quer a desapropriação do terreno para tentar a construção de casas populares.