O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou em dezembro a abertura da chamada para o programa BNDES Garagem que destinará R$ 10 milhões para o desenvolvimento de 60 negócios inovadores. As propostas devem ser enviadas até 27 de janeiro.
O valor será distribuído em duas rodadas, uma voltada para a criação e outra para aceleração. Os recursos cobrirão toda a estrutura de custos, incluindo o espaço de trabalho, a gestão e a realização do programa. Já a expectativa de orçamento para o centro de inovação é de até R$ 20 milhões por ano.
Serão priorizadas iniciativas nas áreas de saúde e bem-estar, sustentabilidade social e ambiental, economia criativa, segurança, soluções financeiras, educação, internet das coisas e blockchain. O novo programa do BNDES pode beneficiar projetos como do engenheiro eletricista Milton Francisco dos Santos Junior, que criou a eiON, uma startup paranaense de um buggy elétrico totalmente brasileiro. “É incentivo enorme ao empreendedor dado pelo BNDES com esse novo programa. É mais um caminho para que projetos inovadores e sustentáveis possam ter sequência beneficiando o país, o meio ambiente, a população e investidores”, avalia o engenheiro, que já inscreveu a eiON no programa.
O buggy elétrico e conectado da eiON é resultado de um projeto de dois anos do engenheiro eletricista Milton dos Santos Junior. Uma motivação pessoal o fez passar noites e noites estudando e desenvolvendo o projeto de um veículo elétrico, até topar com dificuldades na parte mecânica do projeto e buscar ajuda com amigos de uma empresa de Curitiba que fabrica buggies. Ali nasceu a parceria que deu origem ao Buggy Power, o MVP (produto mínimo viável) que validou a startup, segundo Milton.
O buggy original recebeu adaptações para ter um power train totalmente elétrico, com motor produzido também pela genuinamente brasileira WEG e baterias de íon-lítio de três empresas distintas que estão sendo testadas para análise de desempenho, com potência de 12 kWh a 51 kWh.
O Buggy Power chegará ao mercado com quatro versões – Básica, Padrão, Econômica e Luxo – e autonomia para rodar 120 km, 150 km, 250 km e 500 km, no caso da versão luxo em que as baterias são de 51 kWh. Na versão econômica o tempo estimado de uma recarga lenta é de 5 horas, com custo de R$ 9.
O objetivo da eiON é ser uma fabricante de veículos elétricos nacionais. A startup está mirando primeiro um mercado de nicho, para atender resorts, pousadas, locais voltados ao ecoturismo.
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