O Exército Brasileiro anunciou nesta sexta-feira, 20, a nomeação do coronel Mário Victor Vargas Júnior como o novo diretor do Arsenal de Guerra de São Paulo, localizado em Barueri, região metropolitana. A decisão ocorreu após o furto de 21 metralhadoras do local, o que resultou na exoneração do tenente-coronel Rivelino Barata de Sousa Batista. Nascido em Marabá (PA), o coronel Vargas Júnior possui vasta experiência em comandar unidades militares, incluindo o 28º Batalhão Logístico de Dourados (MS). Sua nomeação foi publicada no Diário Oficial da União e, segundo o Exército, se deu por “necessidade de serviço”. No entanto, não foi divulgado por quanto tempo ele ficará à frente do quartel.
A substituição no comando do Arsenal de Guerra de São Paulo foi determinada pelo general Tomás Miguel Paiva, comandante do Exército. Durante uma entrevista coletiva em São Paulo, o general de brigada Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste, afirmou que a exoneração já estava prevista. Pouco antes dessa declaração, 8 das 21 armas furtadas foram encontradas no bairro da Gardênia Azul, na zona oeste do Rio de Janeiro. As metralhadoras e fuzis foram recuperados por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes. No entanto, ainda não há informações sobre o paradeiro das demais armas.
O general Maurício Gama também informou que está sendo realizada uma revisão nos processos de organização militar para identificar a falha que permitiu o furto e a retirada do armamento pesado do quartel. Ele destacou que dezenas de militares, tanto novatos quanto oficiais, estão sendo investigados por possíveis falhas administrativas. Os envolvidos receberam um formulário de apuração de transgressão disciplinar e têm até 72 horas para apresentar defesa. Além disso, foi instaurado um inquérito civil militar para julgar os responsáveis pelo furto das armas. Os militares temporários serão expulsos, enquanto os de carreira serão submetidos a conselhos de justificação ou disciplina. Possíveis civis envolvidos também poderão ser julgados pela Justiça Militar. Até o momento, ninguém foi preso e cerca de 160 militares continuam aquartelados em Barueri, aguardando possíveis ações ou investigações.