O protesto realizado por ex-funcionários do antigo Consórcio Salvador Norte (CSN) na região da Rodoviária, nesta quinta-feira (12), gerou extensos congestionamentos nas principais vias de Salvador.
Mesmo finalizada a ocorrência, o trânsito segue lento na Av. Tancredo Neves, sentido Centro. Segundo a Transalvador, o congestionamento chega na altura do Imbuí.
A situação também está complicada na Avenida Paralela e ACM, e ainda há relatos nas redes sociais de que o engarrafamento chega à região da Av. Magalhães Neto.
Alguns internautas chegaram a dizer que este seria o pior engarrafamento que já viram. A Transalvador informa que a situação é um “reflexo” do protesto realizado mais cedo e que ainda levará um tempo até se normalizar.
Confira alguns relatos:
Protesto
Um protesto na região da Rodoviária na tarde desta quinta-feira (12), em Salvador, deixou o trânsito congestionado na região e nas imediações da Avenida Paralela.
Um dos diretores do Sindicato de Rodoviários, Tiago Ferreira, afirma que a manifestação é realizada pelos ex-funcionários do antigo Consórcio Salvador Norte (CSN), mas não é ordenado pela organização.
“São possivelmente trabalhadores da antiga CSN, mas não tem participação nossa. Os trabalhadores estão indignados por não terem conseguido as suas rescisões. Nós, do Sindicato, estamos tentando vender um terreno para pagar os trabalhadores”, conta.
Entenda o caso
Após a falência do CSN, parte dos profissionais foi admitida pelos dois consórcios ainda em operação em Salvador, OTTrans e Plataforma. A outra parte, entretanto, não foi contratada, ou recebeu os pagamentos a que tinham direito.
Cerca de 1,6 mil rodoviários já foram admitidos pelas companhias, e uma parte está em cursos de requalificação profissional e treinamentos, segundo a Prefeitura.
A Prefeitura, entretanto, ainda decretou a intervenção na empresa, em junho de 2020, após ser informada pelo Sindicato dos Rodoviários de que a CSN tinha descumprido o acordo coletivo assinado com a categoria.
Em março de 2021, a empresa teve o contrato rescindido, após uma auditoria apontar diversas irregularidades na gestão do contrato. Com isso, a prefeitura assumiu a operação do sistema.
Em agosto, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) emitiu o documento para que a prefeitura liberasse R$ 20 milhões, que seriam utilizados para pagamentos de indenizações dos trabalhadores demitidos da antiga CSN. Após o depósito, os trabalhadores continuam realizando protestos para que os valores sejam pagos a eles.