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Bahia é o 3° estado com maior número de mortes violentas de jovens

O estado da Bahia, que sempre foi destaque nos maiores jornais do mundo por suas belezas naturais, virou manchete nos últimos dias por outro motivo, a violência crescente, que fez com que o estado saísse do 23º lugar e passasse ocupar o 3° lugar no ranking nacional como o estado brasileiro mais violento para crianças e adolescentes, só perdendo para os estados de Alagoas e do Espírito Santo.

Segundo dados do Mapa da Violência divulgados nesta quarta-feira (18). Em 10 anos, as mortes violentas de crianças e jovens de até 19 anos aumentaram 576%. A pesquisa foi realizada pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e pelo Centro Brasileiro de Latino-Americanos.

De acordo com a pesquisa, entre as cidades baianas mais violentas está a cidade de Simões Filho, que tem a maior taxa de homicídios do estado pela proporção do número de habilitantes. Dados da pesquisa apontam ainda que em 2000, a taxa era de 3,5 mortes para cem mil habitantes. Em 2010, o número saltou para 23,8. Nesse período de dez anos o estado teve um salto violento assustador atingindo a meta máxima considerada pelas nações unidas, com um total de 1.172 assassinatos de crianças e adolescentes registrados só em 2010, o maior número do país.

O estudo indica ainda que, das treze cidades mais violentas para os jovens brasileiros, oito estão na Bahia. Entre elas Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho, a mais violenta do Brasil. Em relação à pesquisa, a Secretaria da Segurança Pública disse que só vai falar sobre o assunto depois de avaliar de que forma o estudo foi feito.

Segundo o sub-coordenador do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca), da Bahia, o crescimento da violência entre crianças e jovens se deve ao aumento no consumo e comercialização de drogas, principalmente na capital. Em Salvador, durante cinco anos, o aumento de 500% de adolescentes envolvidos com consumo e de 900% de jovens envolvidos no tráfico. De acordo com o coordenador, esses jovens são assassinados e mais da metade dos assassinos não são sequer identificados afirma.

Para o sub-coordenador um maior envolvimento do poder público pode mudar o futuro dessas crianças e adolescentes. “Nós precisamos de políticas públicas que qualifiquem esses jovens que os capacite pra enfrentar o mercado de trabalho e dê também oportunidade de – no turno seguinte à escola – possa estar participando de ações culturais, dança teatro, música”,

Além de ser considerado o estado mais violento do país a Bahia também está entre os estados com maior número de greve do Brasil, a exemplo da greve dos professores estaduais que já dura 100 dias sem acordo, deixando mais de um milhão de alunos sem estudar.

Informações: G1 Bahia

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