O presidente Jair Bolsonaro (PL) embarcou na noite desta quarta-feira (8/7) para Los Angeles, nos Estados Unidos, onde participará da Cúpula das Américas. O evento reúne líderes de governo da maioria dos países do continente.
O mandatário da República decidiu participar do evento após receber, no Palácio do Planalto, Christopher Dodd, enviado especial do governo norte-americano, que reforçou o convite a Bolsonaro para a cúpula.
Após participação na Cúpula das Américas, nos dias 9 e 10 de junho, Bolsonaro deve seguir para Orlando, na Flórida, onde deve inaugurar, no domingo (11/6), o vice-consulado brasileiro. A expectativa é que o presidente retorne ao Brasil após a agenda.
Nas ausências de Bolsonaro, do vice Hamilton Mourão, em viagem à Espanha, e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que também estará nos EUA para a Cúpula, quem assume a Presidência da República é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Antes do embarque, Bolsonaro passou o cargo para o senador (foto em destaque), também presidente do Congresso,
Cinco desafios que aguardam Bolsonaro na Cúpula das Américas
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Bilateral com Biden
Durante a Cúpula das Américas, os presidentes Jair Bolsonaro e Joe Biden devem se reunir. Segundo o chefe do Executivo federal, a comitiva brasileira vai abordar temas como segurança alimentar, transição energética e questão ambiental.
Já os Estados Unidos devem pautar questões relacionadas a insegurança alimentar, resposta econômica à pandemia de coronavírus, segurança sanitária e mudanças climáticas.
Será o primeiro encontro entre os dois chefes de Estado desde a posse do democrata, em janeiro do ano passado. Até o momento, Biden e Bolsonaro só haviam tido contatos protocolares e mantido um certo distanciamento, sobretudo pelo presidente brasileiro ter sido aliado do ex-presidente Donald Trump.
Mais cedo, durante agenda no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que caso Biden pergunte sobre a ida do presidente brasileiro à Rússia, em fevereiro deste ano, irá responder sem maiores problemas.
A viagem de Bolsonaro ao país do Leste Europeu causou desconforto internacional, uma vez que a Rússia estava a poucos dias de invadir o território ucraniano, com reiteradas ameaças ao país vizinho. Na época, um dos porta-vozes do governo Biden chegou a dizer que o Brasil estava “do outro lado de onde estava a maioria da comunidade global”.
“Vou falar, se ele [Biden] tiver alguma pergunta sobre a minha ida à Rússia, lógico, o que eu puder falar, eu vou falar. O que não puder, não vou falar. […] Não tenho off com chefe de Estado nenhum fora do Brasil”, disse.
“Eu não iria à Cúpula das Américas. Eu não iria para aparecer em fotografias. Então, foi feito um diálogo com o assessor do senhor Joe Biden, foi acertado uma bilateral de um tempo que se fizer necessário. E nós vamos conversar com ele, mostrando o que é o Brasil”, acrescentou.
O que é a Cúpula das Américas?
A Cúpula das Américas é um evento que reúne chefes de Estado do continente americano. Ela foi criada pela Organização dos Estados Americanos (OEA) e tem o objetivo de promover laços de cooperação entre os países da zona econômica americana.
A nona edição do evento terá como tema “Construindo um futuro sustentável, resiliente e equitativo” para o hemisfério ocidental.
A cúpula deste ano, no entanto, tem potencial para ficar esvaziada, uma vez que o governo dos Estados Unidos não convidou países comandados por regimes tidos como ditatoriais, como Cuba, Venezuela e Nicarágua. Os EUA consideram fraudulentas as eleições que ocorreram nessas nações e se opõe a seus governos.
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