Presidente eleito no país vizinho disse que seria uma honra enorme se o ex-presidente e seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL), estivessem na cerimônia, que ocorre no dia 10 de dezembro
MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, convidou Jair Bolsonaro para sua posse. O convite foi feito em uma ligação feita pelo próprio Milei ao ex-mandatário brasileiro. Em sua conta no X (antigo Twitter), Bolsonaro divulgou um vídeo da ligação. Milei disse que seria uma honra enorme se o ex-presidente e seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL), estivessem na cerimônia de posse, que ocorre no dia 10 de dezembro. Após fazerem campanha para Milei nas redes sociais, Bolsonaro e aliados comemoraram a vitória do ultraliberal nas eleições argentinas e classificam o feito como uma importante conquista da direita argentina. O Palácio do Planalto ainda não confirmou quem deve representar o governo brasileiro na cerimônia de posse. Durante a campanha, Milei chamou o presidente Lula (PT) de “comunista”, “corrupto”, e disse que não se reuniria com o chefe do Executivo brasileiro caso fosse eleito. O então candidato também acusou o presidente brasileiro de interferir nas eleições argentinas. Por isso, o atual chefe de Estado brasileiro não deve comparecer à posse.
– Recebi agora telefonema de Javier Milei, onde o cumprimentei pela vitória, bem como fui convidado para sua posse.
– Hoje a Argentina representa muito para todos aqueles que amam a democracia e respiram liberdade.
– Jair Bolsonaro.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 20, 2023
No último domingo, o candidato da coligação A Liberdade Avança alcançou 55% dos votos válidos contra 45% do representante peronista, Sérgio Massa. A eleição, uma das mais importantes da história da Argentina e marcada pela polarização, foi bastante acirrada, com os dois candidatos disputando voto a voto. As pesquisas realizadas e divulgadas antes da eleição mostravam cenários contraditórios: ora com Milei na liderança, ora com Massa na frente. Os argentinos precisaram escolher entre a continuação do sistema político que há anos comanda o país e uma mudança radical que nunca havia sido testada.
*Com informações do repórter Bruno Pinheiro