O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se irritou muito com um carro de som durante o discurso dele no ato de 7 de Setembro promovido por aliados na Avenida Paulista neste sábado (7/9). Bolsonaro chegou a pedir que a Polícia Militar paulista atuasse ou que alguém sabotasse o veículo e chamou o responsável pelo barulho de “canalha” e “vagabundo”.
Em cima de um trio elétrico na Paulista, Bolsonaro discursava ao público quando perdeu a paciência com o som do carro, que atrapalhava sua concentração. “Se for possível parar esse som, a gente agradece. Ou então eu peço para alguém sabotar… arranquem o cabo da bateria desse carro”, pediu o ex-presidente.
Em seguida, Bolsonaro ofendeu o responsável pelo veículo. “Se esse picareta quer fazer um evento, que anuncie, convoque o povo e faça. Não atrapalhe pessoas que estão lutando por algo muito sério em nosso país.”
Bolsonaro tenta continuar o discurso, mas o interrompe novamente ao continuar ouvindo o som automotivo e pede novamente que policiais “arranquem a bateria” do veículo. “Desculpa aqui, ó, eu não sou governador… mas [eu peço] que a PM arranque a bateria desse carro. Essa é uma atitude de canalha, vagabundo, que não tem compromisso com seu país. Quer fazer política, vai fazer em outro lugar!”, esbravejou.
Na transmissão do evento bolsonarista não é possível entender o som do carro, mas Bolsonaro parece considerar que se tratava de alguém fazendo campanha. Veja:
Novos ataques a Moraes O ex-chefe do Executivo aproveitou o ato para fazer novos ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a quem chamou de “ditador” . Bolsonaro afirmou que Moraes “faz mais mal ao Brasil que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva”.
Em vários momentos da sua fala, o ex-presidente atacou Moraes, a quem acusou de conduzir de “forma parcial” as eleições de 2022. Ele pediu o impeachment do ministro e disse ainda que espera que o Senado “bote um freio” nele.
Bolsonaro também saiu em defesa dos manifestantes que invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília no 8 de Janeiro, o que ele classificou como ato de “catarse”.
“Aquilo jamais foi um golpe de Estado. Eu lamento por essas pessoas presas. Hoje nós temos órfãos de pais vivos no Brasil. Nós temos que, através de uma anistia, beneficiar essas pessoas que foram injustamente condenadas. Só assim, nós podemos sonhar com a pacificação do Brasil”, disse o político que está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).