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Brasil 200: projeto em parceria com a Nasa garante sua foto… na Lua

Em referência aos 200 anos da Independência do Brasil, celebrada em 7 de setembro, um grupo de profissionais do ramo tecnológico decidiu inovar e levar uma parte da nação… à Lua. O projeto Brasil 200, que só foi possível graças aos Acordos Artemis — uma parceria com a Agência Espacial Americana (Nasa) a fim de viabilizar a exploração e atividades lunares —, promete enviar sua imagem da Terra direto para o nosso satélite natural.

Com custo de R$ 2 milhões, o projeto consiste em mandar um foguete à Lua carregando uma espécie de pen-drive. O dispositivo armazenará uma imagem da bandeira do Brasil preenchida com várias fotos de quem garantir um quadrado no esboço.

Para isso, porém, é preciso adquirir seu “terreno” na bandeira e comprar seu próprio retrato por meio de NFT (Non-Fungible Token). A inciativa 100% privada foi criada por pesquisadores e compõe o Projeto Artemis, além de ser uma parceria com a Nasa.

NFT: um pedaço da História?

NFT, tal como o bitcoin, é um termo que ainda gera dúvidas. Mas a influência do NFT abrange diversas áreas artísticas; famosos, como atores e jogadores de futebol, dentre eles Neymar Jr., já possuem este elemento único que poderá render muito dinheiro daqui a alguns anos.

Mas, afinal, do que se trata? Segundo o CEO do Storm Group*, Wanderley Abreu Jr., de 44 anos, “NFTs são representações de algo único, como obra de arte, música ou qualquer elemento que seja exclusivo. Além disso, ele só existirá para um propósito”. “Diferentemente do bitcoin, onde um é igual ao outro, um NFT nunca será igual a outro”, completa.

Para Alan Pereira, de 42, que compõe o grupo visionário ao lado de Abreu Jr., Sidney Nakahodo e Lucas Fonseca, “NFT é um certificado de propriedade que autentica um item registrado numa rede criptografada”. “NFT serve como a identidade incorruptível de um item e pode ser usado para várias funções, como por exemplo, representar uma arte digital ou estar atrelado a outros itens como uma imagem, vídeo, ou música”.

A equipe que compõe o projeto Brasil 200, uma parceria com a NasaNo caso do Brasil 200, o NFT disponível ao cliente é um quadrado com sua própria foto na bandeira brasileira. A imagem acoplada ao foguete será enviada aos compradores assim que o objeto pousar na Lua; a expectativa é de que isso ocorra até julho de 2023.

“O projeto foi feito para comemorar a Independência neste ano [2022], mas não conseguimos espaço nos dois foguetes [que pousarão na Lua em breve]”, explica Abreu Jr. Apesar do imprevisto, ele se anima com a ideia, que se baseia na primeira missão lunar brasileira.

“Por que não usarmos as novas tecnologias para tornar essa foto, a primeira foto de um experimento brasileiro na Lua, real? É uma coisa histórica! A primeira vez que algo fabricado no Brasil vai para a Lua”, festeja, acrescentando: “Nada mais simbólico nos 200 anos [de Independência] que mandar esta bandeira, com rostos brasileiros, que ajudaram a tornar esse projeto possível”.

Verde, amarelo, azul e branco

O projeto Brasil 200 comercializa NFTs através de um parceiro, a empresa Monnos. “Estes NFTs são de artes digitais com temas espaciais e nosso objetivo é poder financiar o envio de uma bandeira brasileira digital, composta no estilo de um mosaico com as fotos dos compradores dessas NFTs, à Lua”, explica Pereira.

O comprador poderá escolher, no site do projeto, seu espaço na bandeira (veja abaixo), dentre as cores que mais o agradam: verde, amarelo, azul ou branco. São 1 mil vagas.

As imagens serão levadas à LuaAssim que o foguete chegar ao satélite natural, o serviço de uma startup espacial será acionado “para enviar um arquivo digital com essa bandeira composta pelas fotos de cada participante até a superfície da Lua”, emenda o profissional. Segundo ele, a bandeira estará armazenada em um computador.

Se você deseja garantir o seu retrato, é melhor se apressar. Segundo Pereira, os NFTs já são comercializados e uma grande parcela já foi vendida. “Os valores variam dependendo de cada peça e da sua raridade dentro da coleção. Vão de, aproximadamente, R$ 260 a R$ 780. Vamos também sortear alguns lugares na bandeira, sem custo, para que qualquer pessoa possa ter uma chance de fazer parte desta iniciativa”.

Karoline Kalil é autora do e-book O Metaverso Simplificado e colecionadora de NFTs. Para ela, a exclusividade e vantagens de possuir um conteúdo protegido virtualmente “é único”. “Por mais que você tire uma foto ou print [do NFT], você não terá o mesmo acesso Vip que você teria se comprasse”, declara. Ela aponta, também, que este mercado é muito volátil e que os NFTs podem ser vendidos logo após a compra.

Brasil no espaço sideral

Apesar do destaque ao consumo de NFT com conteúdo espacial, Pereira diz que o projeto Brasil 200 é muito mais que isso. “Estamos com planejamento para impulsionar a criação e o desenvolvimento da indústria espacial no Brasil”.

“A comercialização das NFTs é uma ferramenta para financiar o custo de enviar a bandeira [à Lua], que é um passo inicial do projeto [de exploração lunar]”, explica. Ele afirma que a parceria com a Nasa tem outros objetivos, como envio de experimentos ao satélite, que dará notoriedade ao Brasil.

Os próximos passos da missãoMissão Artemis I 

Após adiar a missão por problemas técnicos, a Nasa remarcou, na quarta-feira (31), o lançamento à Lua do foguete do Space Launch System (SLS – Sistema de Lançamento Espacial, em tradução livre) e da espaçonave Orion para este sábado (3/9).

A missão Artemis I é a primeira de uma série do programa que pretende consolidar a presença humana na Lua e faz parte dos preparativos para um voo com astronautas, previsto para lançamento nos próximos anos.

Os principais objetivos deste voo é testar os sistemas da Orion em um ambiente espacial e fazer manobras de reentrada, descida, mergulho e recuperação seguras antes do primeiro voo com a tripulação, que deve ser realizado na Artemis II. A viagem marca a primeira ida de uma mulher ao satélite.

*O Storm Group é um conglomerado de empresas responsáveis desde o funcionamento de streamings como o Globoplay até a comunicação com o telescópio espacial James Webb, da Nasa.

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