InícioEditorialNotíciasCâmera registra momento em que mulher envenena gatos em SP. Veja

Câmera registra momento em que mulher envenena gatos em SP. Veja

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São Paulo — Uma câmera de segurança registrou o momento em que Aparecida Donizeti Berigo Blesio, 60 anos, colocou veneno na rua onde mora, em São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo, com o objetivo de eliminar gatos resgatados que estavam sendo cuidados por uma vizinha.

Ao todo, 28 felinos apareceram mortos em um intervalo de cinco dias, entre o fim de 2024 e o início deste ano. A mulher foi presa nessa quinta-feira (9/1), após a 1ª Vara Judicial da Comarca de São Joaquim da Barra decretar a prisão preventiva.

Veja as imagens obtidas pelo Metrópoles:

Em dado momento, é possível ver alguns gatos se aproximando da comida envenenada. A outra mulher que aparece nas imagens não é citada na investigação.

Investigação confirma envenenamento

A reportagem teve acesso aos detalhes da investigação que acusa a mulher de maus-tratos a animais. De acordo com a Polícia Civil, Aparecida, que havia se mudado havia dois meses para o local, demonstrava insatisfação com a presença dos felinos.

Ela, inclusive, teria solicitado a um vizinho que soltasse um cachorro para atacá-los. Os fatos foram confirmados por testemunhas em depoimento à polícia.

No dia 27 de dezembro, Aparecida jogou pedaços de carne envenenada na rua, por onde passavam os gatos. Eles ingeriram o alimento e logo em seguida apresentaram sinais de intoxicação por veneno, como espuma na boca, convulsões, defecação descontrolada e morte.

ONGs que atuam na cidade em defesa dos animais chegaram a levar os gatos ao veterinário, mas nenhum deles sobreviveu.

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Depois de cinco felinos mortos, mais 23 foram encontrados

O caso é investigado pela Polícia Civil e foi registrado como abuso de animais
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Mais de 30 gatos foram encontrados mortos com suspeita de envenenamento, em São Joaquim da Barra

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Depois de cinco felinos mortos, mais 23 foram encontrados

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O caso é investigado pela Polícia Civil e foi registrado como abuso de animais

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Para a Polícia Civil, as imagens comprovam que a mulher cometeu o crime. “De fato, é possível assistir à indiciada lançando os alimentos e os gatos ingerindo o material. Logo em seguida, alguns já começam a passar mal”, diz trecho da investigação.

Ainda segundo a polícia, na mesma data do crime, foram recolhidos 19 gatos mortos no local. Durante exames veterinários, os médicos constataram que um dos animais, fêmea, estava prenha, com quatro fetos em desenvolvimento.

Dias depois, com mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Civil na residência vizinha — uma das cuidadoras dos animais –, mais três gatos foram encontrados mortos entre o forro e o telhado da casa.

Moradores locais comunicaram a descoberta de outros dois cadáveres em estado avançado de decomposição, totalizando 28 gatos envenenados.

Uma das cuidadoras relatou um quadro grave de depressão após o ocorrido. Em áudio encaminhado à polícia, a mulher chora e diz que “não deseja mal a ela, só quero que ela pague, que ela tenha consciência de tudo o que ela fez”.

Inquérito e prisão

Aparecida foi interrogada no dia seguinte ao crime. Ela foi acompanhada pelo advogado, Vinicius Magalhães Guilherme, e se manteve em silêncio.

Após boletins de ocorrência e declarações de moradores, um inquérito para investigar o crime foi instaurado no dia 3 de janeiro.

A Polícia Civil concluiu que as imagens das câmeras de segurança, as amostras de alimentos recolhidos do local (carne e ração), os depoimentos das testemunhas e as fotografias encaminhadas pela médica veterinária indicam a materialidade do crime.

Na quarta (8/1), a polícia pediu a prisão preventiva da acusada. No mesmo dia, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) reforçou o pedido de prisão à Justiça.

O mandado foi expedido nessa quinta pela 1ª Vara Judicial da Comarca de São Joaquim da Barra. A mulher foi presa logo em seguida.

A presidente da ONG Protetoras em Ação, Maria de Fátima Irene da Silva, acompanhou a prisão e registrou o momento em vídeo. Veja:

Aparecida foi encaminhada inicialmente para a Cadeia Pública Feminina de São Joaquim da Barra, onde foi submetida a exames de integridade física junto ao Instituto Médico Legal (IML).

Ela passou por audiência de custódia e foi encaminhada para a Penitenciária de Ribeirão Preto, também no interior paulista.

Aparecida é acusada de crimes contra o meio ambiente, especificamente abuso a animais. A pena para este crime é de detenção, de três meses a um ano, e multa, de acordo com a Lei 9.605/98.

Quando se trata de cão ou gato, a pena é de reclusão, de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda. No caso de morte do animal, a pena é aumentada de um sexto a um terço do tempo sentenciado.

O que diz a defesa

Contatado pelo Metrópoles, o advogado de Aparecida, Vinicius Magalhães Guilherme, afirmou que solicitou o acesso à decisão do juiz que decretou a prisão preventiva.

“Vou analisar a decisão e verificar se estão preenchidos os requisitos da prisão preventiva. Se for uma decisão ilegal que cause constrangimento ilegal a minha constituinte, vou impetrar habeas corpus no Tribunal de São Paulo [TJSP] e buscar a liberdade”, disse o defensor.

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