A delegação composta por 12 representantes do Partido Popular da Espanha e um deputado português do parlamento europeu foi deportada após desembarcar em Caracas, capital da Venezuela, nesta sexta-feira (26/7). Eles foram convidados para acompanhar as eleições pela oposição ao regime de Nicolás Maduro.
Os líderes foram deportados, pois o governo de Nicolás Maduro determinou que todas as fronteiras, terrestre, aérea e marítima, da Venezula fossem fechadas, dois dias antes da eleição presidencial que ocorrerá no país neste domingo (28/7).
A determinação foi publicada no Diário Oficial do país, nessa terça-feira (23/7), e começou a valer às 0h01 desta sexta-feira (26/7). As fronteiras seguirão bloqueadas até a manhã de segunda-feira (29/7). A medida já foi tomada em eleições anteriores.
Segundo a resolução, o objetivo da medida é “salvaguardar a inviolabilidade das fronteiras e prevenir atividades de pessoas que possam representar ameaças à segurança da República Bolivariana da Venezuela por ocasião das eleições presidenciais”.
Uma delegação de ex-presidentes e políticos da América Latina que viajaria ao país para acompanhar as eleições também foi proibida de embarcar em direção à Venezuela. Segundo as autoridades, três aviões da Copa Airlines foram impedidos de decolar até que o grupo se retirasse da aeronave rumo a Caracas. Depois que a comitiva desistiu da viagem e deixou o avião, os outros voos que carregavam eleitores venezuelanos receberam permissão para voar.
A senadora colombiana Angélica Lozano Correa, que estava na comitiva, afirmou que foi deportada sem informações.
“Não posso comparecer à nossa consulta, me deportam com total abuso do regime que vai cair neste domingo para o bem da Venezuela. Sem argumentos nem informações, levaram nossos passaportes por uma hora e meia, não nos contaram nada”, afirmou a senadora em sua conta do X, antigo Twitter.
Veja o vídeo da comitiva barrada