Ex-jogador foi convocado por ser fundador e sócio-proprietário da empresa 18k, mas não compareceu à sessão na Câmara dos Deputados
EFE/Enric Fontcuberta
Ronaldinho Gaúcho é lenda do Barcelona e da seleção brasileira
A presidência da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Pirâmides Financeiras, também chamada de CPI das Criptomoedas, determinou a condução coercitiva de Ronaldinho Gaúcho, nesta quinta-feira, 24. O pedido acontece após o ex-jogador, convocado para prestar depoimentos, não aparecer na Câmara dos Deputados pela segunda vez nesta semana. Relator da comissão, o deputado federal Ricardo Silva (PSD-SP) afirmou que o advogado do ídolo da seleção brasileira apresentou uma justificativa que não atende a prerrogativas legais. “Nós remarcamos a data com a afirmação de que a ausência iria trazer a essa comissão como única saída o pedido de condução coercitiva e é isso que a presidência desta CPI está determinando nesta manhã. Tivemos voos que pousaram em Brasília às 7 da manhã. Mesmo que não que tivesse esse argumento de não ter o voo, não é um argumento amparado pela Lei. A Lei fala que a convocação tem que ser cumprida”, afirmou o parlamentar.
Ronaldinho Gaúcho foi convocado por ser fundador e sócio-proprietário da empresa 18k. Segundo o deputado Ricardo Silva, “a empresa afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas e prometia a seus clientes rendimentos de até 2% ao dia, supostamente baseado em operações com moedas digitais”. O ex-jogador de futebol, porém, alega que teve sua imagem usada indevidamente e que também teria sido lesado. Silva, por sua vez, lembra que, em 2020, “Ronaldinho se tornou réu em uma ação que pede R$ 300 milhões por prejuízos a investidores.”