Vice-líder do bloco petista na Câmara, Kiko Celeguim defendeu que aprovação do texto é ‘gesto de unidade’ da Casa e disse que oposição está ‘desistindo’ do debate
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Deputado federal Kiko Celeguim (PT-SP) durante sessão da Câmara
O deputado federal Kiko Celeguim (PT-SP), vice-líder do bloco Federação Brasil da Esperança, na Câmara dos Deputados, que reúne o PT, PCdoB e PV, projeta ao menos 400 votos para a aprovação da reforma tributária. A expectativa é que a votação da proposta em primeiro turno tenha início às 18 horas desta quinta-feira, 6. Se aprovada, a matéria segue para o segundo turno de votação antes de ser encaminhada ao Senado Federal. Nas palavras de Celeguim, o texto do relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) deve receber apoio majoritário por ser “do Parlamento”, não de um governo ou partido. “Essa reforma tributária vem para corrigir certas distorções causadas ao longo do tempo. Essa reforma vai garantir o crescimento porque ela desburocratiza, essa reforma simplifica, preserva setores importantes, a indústria, os setor produtivo, o agronegócio, tem tributação especial, na cesta básica o imposto é zero. (…) Essa reforma vai ter perto de 400 votos, porque é a reforma do Parlamento. É a reforma do Brasil, vamos fechar esse primeiro semestre com esse gesto de unidade”, afirmou.
Kiko chegou ao ser vaiado na tribuna, após falar de alguns parlamentares “de lá”, ou seja, da oposição, estariam “desistindo de fazer o debate” e afirmar que “estava difícil falar com o gado gritando”. “Não precisa gritar para ter razão das coisas, a gente está trabalhando para o Brasil poder melhorar, crescer e se desenvolver. Cada membro aqui representa um pedacinho da sociedade”, acrescentou o deputado federal. Como o site da Jovem Pan mostrou, a aprovação da reforma tributária antes do recesso parlamentar é uma das prioridades do governo Lula 3 para o primeiro semestre deste ano. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), são necessários pelo menos 308 votos favoráveis em dois turnos de votação. Apesar dos acenos de maioria para aprovação, o texto ainda é criticado por parte dos parlamentares, como pela ala do Partido Liberal (PL) mais ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que divulgou uma nota pedindo que os quadros da legenda votem contra o texto.