InícioEditorialEconomiaDinheiro extra: sair das dívidas ou fazer investimentos?

Dinheiro extra: sair das dívidas ou fazer investimentos?

Segundo a última edição do Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa, 71,74 milhões de brasileiros têm algum tipo de pendência financeira. Geralmente, o endividamento é contraído devido a pedidos de empréstimos ou financiamentos, que acumulam parcelas e atrapalham o orçamento. 

Entre os motivos para o endividamento estão os gastos sazonais, as despesas de emergência e as compras em excesso. Os déficits comprometem o orçamento e, por isso, o maior desejo dos devedores é se livrar deles. 

Essa também é uma preocupação do governo federal que, em junho de 2023, lançou a medida provisória que prevê o desenvolvimento do projeto Desenrola Brasil, um programa emergencial de renegociação de dívidas de pessoas físicas inadimplentes.

A renegociação dos valores precisa ser avaliada para não levar a outros erros. Por exemplo, ao tentar acabar com uma dívida, outra é criada e a situação financeira pode se agravar ainda mais. Por isso, nem sempre o impulso por quitar todas as parcelas é o ideal. 

A dúvida entre pagar as dívidas ou fazer investimentos – seja em renda fixa ou renda variável – pode ocorrer a qualquer pessoa endividada que receba um dinheiro extra. O caminho recomendado é aquele que garante a estabilidade financeira; por isso, é importante ter um planejamento para fazer os dois. 

A importância de saber negociar uma dívida 

Não é uma regra ter que esperar pagar todas as dívidas para começar a investir. Os investimentos servem como uma reserva de emergência, fundamental para evitar problemas financeiros. Assim, o recomendado é avaliar quanto custa o débito, negociá-lo em parcelas menores e a juros baixos, para que sobre dinheiro para investir na reserva financeira. 

Quando há planejamento para o pagamento da dívida, é possível investir. Por isso, saber negociá-la pode ser mais interessante do que quitá-la de uma só vez. 

Se uma pessoa sai da situação de devedor, mas precisa fazer novas contas para se manter, o ciclo das dívidas nunca é interrompido. Nesse sentido, construir uma reserva de emergência, mesmo que ainda pagando um débito anterior, é um dos caminhos para impedir que o endividamento se repita no futuro. 

Taxa de juros x retorno dos investimentos

Um dos critérios que precisam ser levados em consideração na hora de escolher entre pagar os déficits ou investir é a comparação entre o valor pago de juros e a quantia que é possível receber do investimento. 

Segundo especialistas, a aplicação precisa apresentar uma rentabilidade igual ou superior à taxa da dívida. A taxa de juros do cartão de crédito, por exemplo, está entre as mais altas do Brasil, sendo difícil encontrar investimentos que apresentam um retorno maior do que os valores cobrados. 

Em um investimento, o montante aplicado sofre descontos do Imposto de Renda (IR), e em alguns casos, também de outras taxas de custos (corretagem, custódia e administração). Assim, é necessário considerar esses fatores para avaliar a possibilidade de lucro. 

Como e onde investir?

Se a escolha for por iniciar um investimento, é preciso controlar gastos. Para construir uma reserva sólida, especialistas do mercado financeiro sugerem que ela seja de seis a 12 vezes superior à renda mensal. Portanto, deve-se definir quanto por mês será possível guardar de acordo com o seu padrão de vida. 

No caso dos endividados, o investimento precisa ser seguro e acessível a qualquer momento. Por isso, recomenda-se priorizar opções de renda fixa, com liquidez diária e baixa volatilidade.

Assim, o indicado é ir atrás de investimentos protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Os principais são: Certificado de Depósito Bancário (CDB); Letras de Crédito Imobiliário (LCI); Letras de Crédito do Agronegócio (LCA); Letras de Câmbio (LC) e Hipotecárias (LH).

Outras opções de investimento em renda fixa são os títulos públicos do Tesouro Direto. Apesar de não apresentarem a garantia do FGC, eles representam uma forma de investimento seguro, pois o próprio governo federal é responsável pelo pagamento.

Já os títulos de renda variável estão sujeitos à oscilação do mercado, podendo apresentar um retorno inferior ao esperado no momento do investimento. Assim, pode não ser uma opção vantajosa para quem possui dívidas.

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