Em entrevista à Jovem Pan News, ex-governador de São Paulo voltou a falar em ‘momento de unir o Brasil’
Reprodução/Jovem Pan News
Ex-governador João Doria durante entrevista à Jovem Pan News
Em meio a uma série de embates entre o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Congresso Nacional sobre julgamentos em andamento na Corte, o ex-governador de São Paulo, João Doria, elogiou o novo presidente da Suprema Corte, o ministro Luís Roberto Barroso, e considera que a pacificação depende de todos os poderes para o bem do Brasil. “Acredito que Luís Roberto Barroso dará uma contribuição nesse sentido de pacificação. No discurso de sua posse, que estive presente, Barroso deixou claro que ele e a Suprema Corte darão o exemplo. É preciso que outros setores e outras lideranças do país também tenham esse entendimento. Campanha se faz em época de campanha. Agora é hora de governar o país, de tornar o Brasil único. Não um país de um contra o outro. O próprio presidente Lula pode dar exemplo de governar para todos”, comentou em entrevista exclusiva à Jovem Pan News. “Deixar as causas e os temas do Judiciário com o Judiciário. Os do Legislativo com o Legislativo. Aquele que compete em governar, principalmente governar o Brasil, deve olhar para frente, olhar para o futuro e construir um país melhor para os mais pobres e mais humildes”, acrescentou Doria.
Na última quinta-feira, 28, as tensões entre o Congresso Nacional e o STF ganharam um novo capítulo. Mais de 20 frentes parlamentares se uniram em repúdio à Suprema Corte após os ministros debaterem a descriminalização das drogas e do aborto. Em pronunciamento no Salão Verde da Câmara dos Deputados, presidentes de 22 frentes parlamentares repudiaram o que chamam de “usurpação de competências” por parte do Supremo. Os parlamentares entendem que a Corte infringe prerrogativas do Legislativo ao discutir temas polêmicos como o marco temporal, que foi rejeitado pelo STF. O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion (PP), afirmou que cabe ao Legislativo zelar por suas competências e atribuições. O movimento levou à decisão de obstruir votações, como protesto à decisões do STF e para pressionar à pautas que possam contestar a Suprema Corte.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos.