11 agosto, 2025
segunda-feira, 11 agosto, 2025

10 dos piores acidentes nucleares da história

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Placa de alerta contra radiação na zona de exclusão de Chernobyl
Zona de exclusão de Chernobyl é de um raio de 30 quilômetros (Imagem: Serkant Hekimci/Shutterstock)

Os acidentes nucleares representam um dos maiores desafios da era moderna, envolvendo não apenas falhas tecnológicas, mas também decisões humanas que podem selar destinos por décadas. Desde a primeira usina nuclear inaugurada em 1954 na Rússia, os desastres se tornaram um alerta constante para a necessidade de segurança e precisão na manipulação de energia nuclear.

Numa época em que a geração de energia sustentável é debatida, os defensores da energia nuclear argumentam que é uma solução limpa que não emite carbono. Entretanto, os críticos citam os desastres do passado como um lembrete cruel do potencial devastador que um único incidente pode causar, afetando ambientes e a saúde de milhares de pessoas por gerações.

Venha conosco enquanto exploramos os 10 piores acidentes nucleares da história, eventos que mergulharam comunidades em medo, perda e incerteza.

Os acidentes que se seguem estão classificados na Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (INES), uma ferramenta destinada a avaliar a gravidade de incidentes nucleares, onde os eventos de nível 4 ou superior são considerados graves.

1 – Chernobyl, Ucrânia (Nível 7)

Em abril de 1986, a Usina Nuclear de Chernobyl, na então União Soviética, foi palco do pior desastre nuclear da história. A explosão do reator 4 foi provocada por falhas no design e pela negligência dos operadores que ignoraram protocolos de segurança. O resultado foi um lançamento de radiação 400 vezes superior à dos bombardeios atômicos em Hiroshima e Nagasaki.

Enquanto 31 pessoas sucumbiram imediatamente, a ONU estima que o número de mortos decorrentes da exposição radioativa pode chegar a milhares, especialmente entre crianças diagnosticadas com câncer de tireoide. Uma vasta área, com um raio de 30 quilômetros, permanece inabitável por pelo menos 20 mil anos.

2 – Fukushima, Daiichi, Japão (Nível 7)

Em março de 2011, um potente terremoto de 9.1 provocou um tsunami devastador que inundou a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi. Os danos resultantes levaram ao derretimento dos núcleos de três reatores, culminando em explosões que liberaram gases radioativos.

Duas vidas foram perdidas diretamente por conta do acidente, mas cerca de 160 mil residentes foram forçados a evacuar suas casas. O Japão iniciou um esforço titânico de descontaminação, mas em 2020, mais de 41 mil pessoas ainda estavam forçadas a permanecer longe de suas terras.

3 – Kyshtym, Rússia (Nível 6)

No íntimo da URSS, em setembro de 1957, o acidente em Kyshtym destacou a falta de transparência em torno da segurança nuclear. Uma falha em um sistema de resfriamento resultou em uma explosão capaz de liberar uma nuvem radioativa que se espalhou por 350 quilômetros. A população local foi evacuada sem conhecimento dos riscos reais que enfrentavam.

A verdadeira extensão do desastre só foi reconhecida décadas depois, com estimativas de que mais de 8 mil pessoas tenham perdido a vida devido a complicações relacionadas à radioatividade.

4 – Windscale, Reino Unido (Nível 5)

Em outubro de 1957, um incêndio devastador em Windscale expôs os perigos de uma usina mal mantida. O superaquecimento de um reator liberou materiais radioativos, causando deformidades em animais e aumento repentino de câncer em humanos nas áreas circundantes.

Ainda hoje, a região é monitorada, mantendo vigilância sobre os níveis de radiação que persistem devido ao desastre.

5 – Three Mile Island, Pensilvânia, Estados Unidos

Em março de 1979, Three Mile Island testemunhou um acidente que gerou pânico em grande escala. Um defeito em uma válvula resultou na liberação de gás radioativo, levando à evacuação em massa de residentes. Embora não tenham havido vítimas fatais, o impacto na percepção pública da energia nuclear foi significativo.

6 – First Chalk River, Canadá (Nível 5)

Em 1952, o reator NRX em Chalk River experimentou uma reação em cadeia que resultou em explosões de gás hidrogênio. Embora os danos tenham sido contidos, a limpeza exigiu um esforço massivo de milhares de trabalhadores, sublinhando a fragilidade da segurança nuclear.

7 – Jaslovskè Bohunice, Tchecoslováquia (Nível 4)

Em 1977, um acidente na usina de Bohunice, causado por erro humano, resultou em uma fuga de gases radioativos. A falta de informações oficiais sobre o incidente perpetuou o medo e a desconfiança, enquanto o governo permaneceu em silêncio.

8 – Usina Experimental de Energia SL-1, Idaho, EUA (Nível 4)

Em janeiro de 1961, a religação do reator SL-1 levou a uma explosão instantânea, matando três operadores. Embora a contaminação radioativa tenha sido contida, o desastre provocou uma nova reflexão sobre os riscos associados à energia nuclear.

9. Saint-Laurent, França (Nível 4)

A Usina em Saint-Laurent foi palco de dois acidentes em anos diferentes, ambos relacionados a falhas técnicas e humanas. O primeiro, em 1969, resultou em um derretimento de urânio. A limpeza subsequente foi arriscada, mas crucial.

10. Tokaimura, Japão (Nível 4)

Em 1999, um erro humano em Tokaimura resultou em uma reação nuclear acidental, causando a morte de dois trabalhadores. A resposta das autoridades enfatizou a necessidade de automatizar processos para garantir a segurança em operações nucleares.

Esses eventos trágicos nos lembram que, mesmo diante da tecnologia mais avançada, a atenção e a responsabilidade devem sempre prevalecer. Você já conhecia algum desses acidentes? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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