Recentemente, a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) celebrou a apresentação de um pacote de medidas pelo governo federal. Para a entidade, o plano é um “avanço” crucial no enfrentamento dos desafios impostos pelo tarifaço de 50% anunciado pelos Estados Unidos. Essa resposta governamental representa um alinhamento com as expectativas e demandas dos produtores, oferecendo esperança em tempos de incerteza.
O pacote inclui a abertura de R$ 30 bilhões em linhas de crédito, além de uma série de ações que visam apoiar a produção nacional. Entre as medidas, destacam-se a prorrogação de prazos no drawback, o diferimento de tributos e a concessão de créditos tributários específicos para os exportadores. Segundo a nota da associação, essas iniciativas atendem a vários dos pleitos que já haviam sido apresentados.
As perspectivas são animadoras, especialmente com a ampliação do acesso a seguros de crédito à exportação e a criação de possibilidades para compras públicas que ajudarão a absorver a produção afetada. Tais iniciativas têm o potencial de minimizar as perdas imediatas que os produtores enfrentam neste cenário desafiador.
No entanto, a Abrafrutas faz um alerta importante: as ações anunciadas não atendem plenamente a cadeia produtiva da fruticultura. Existe uma preocupação significativa com os pequenos produtores, que exercem um papel vital ao fornecerem suas colheitas para empresas exportadoras. A ausência de estratégias direcionadas a esses produtores pode resultar em uma retração alarmante nas compras, comprometendo sua renda e dificultando sua permanência no campo.
Assim, enquanto o governo federal lança este pacote de apoio para mitigar os efeitos do tarifaço, é imprescindível garantir que as medidas cheguem até os pequenos produtores. Esse público, muitas vezes invisível nas grandes decisões, merece atenção e ação efetiva para que possam continuar contribuindo para a riqueza do nosso setor agrícola.
O debate sobre a adequação dessas políticas é essencial. Você concorda com a perspectiva da Abrafrutas? Quais outras medidas você acredita que poderiam ser implementadas para apoiar nosso setor? Compartilhe sua opinião nos comentários!