29 outubro, 2025
quarta-feira, 29 outubro, 2025

Água: Brasil pode ter entre 12 e 30 dias de racionamento por ano até 2050

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homem loucaAs mudanças climáticas não são apenas previsões distantes; elas já estão moldando o nosso futuro próximo. Um estudo recente revela que, até 2050, o Brasil enfrentará uma drástica diminuição na disponibilidade de água, com as cidades experimentando em média 12 dias de racionamento anualmente. Regiões do Nordeste e Centro-Oeste, já vulneráveis pela escassez, poderão ter até 30 dias sem o acesso regular a esse recurso vital.

Realizado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria Ex Ante, o estudo “Demanda Futura por Água em 2050: Desafios da Eficiência e das Mudanças Climáticas” mostra que a temperatura média irá aumentar cerca de 1 °C nas próximas duas décadas. Esse aumento trará uma onda de desafios com um impacto positivo, mas >estrondoso na amplitude térmica, que deve chegar a 0,52 °C até 2050.

A demanda por água está projetada para aumentar em 59,3% devido ao crescimento populacional e à urbanização desenfreada. Estima-se que a universalização do abastecimento de água será alcançada em 2033. Contudo, quanto mais urbanizada for uma cidade, maior será seu consumo diário de água. Para cada aumento de 1% na população urbana, a demanda por água crescerá 0,96%.

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Um cenário preocupante: a universalização do abastecimento de água pelo Brasil prometida para 2033 (Imagem: Andrea Lopes/iStock)

Os efeitos da temperatura não param por aí; um aumento de um grau Celsius resulta em um crescimento da demanda de 24,9% por água. A umidade também desempenha um papel fundamental. A cada incremento de 1% na umidade relativa do ar, o consumo per capita sobe em 3,6%.

Além disso, a frequência de chuvas impacta diretamente a disponibilidade de água. Cidades com dias chuvosos são mais favorecidas, enquanto áreas semiáridas enfrentam escassez acentuada. A cada dia a mais de chuvas, o consumo per capita de água aumenta em 17,4%.

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A Represa Jaguari/Jacareí, em seu menor nível nos últimos nove anos, sinaliza uma realidade alarmante (Imagem: TacioPhilip/iStock)

Perdas significativas no sistema de distribuição complicam ainda mais a situação. Com 40,3% da água tratada se perdendo devido a vazamentos e falhas operacionais, cerca de sete bilhões de metros cúbicos são desperdiçados anualmente — um volume que poderia suprir a demanda das próximas duas décadas.

Luana Pretto, presidente do Instituto Trata Brasil, enfatiza a urgência de ações eficazes: “Precisamos de medidas imediatas para reduzir as perdas e gerenciar nossas águas de forma sustentável. Agir agora é imprescindível para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas vindouras.”

A situação exige nossa atenção e ação coletiva. O que você está fazendo em sua comunidade para abordar esses desafios cruciais? Comente abaixo e compartilhe suas ideias!

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