A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) decidiu adiar a votação que indicaria Wagner Rosário, o controlador-geral do estado, para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP). A construção do consenso se complicou durante a sessão noturna de terça-feira (2/9), onde disputas acaloradas entre a base governista e a oposição ampliaram a discussão, ultrapassando o horário previsto. A análise da indicação será retomada nesta quarta-feira (3/9), às 16h30.
Wagner Rosário, que foi indicado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), está prestes a substituir o conselheiro Antônio Roque Citadini, recentemente aposentado. A poderosa posição no TCE promete não apenas um robusto salário de R$ 44 mil, mas também um papel crucial na fiscalização das contas estaduais e municipais, conferindo legitimidade e influência àqueles que ocupam o cargo.
Natural de Juíz de Fora, Minas Gerais, Rosário, 49 anos, traz uma vasta experiência administrativa. Ele ocupou a Controladoria-Geral da União entre 2017 e 2022 nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, além de já ter sido servidor de carreira no órgão. Seu vínculo com Tarcísio é profundo; foram colegas na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e compartilharam experiências durante suas passagens pelos Ministérios.
Contudo, a corrida pela vaga no TCE não se resume apenas à escolha de Rosário. Com a alta demanda por essa posição, que garante estabilidade e poder, outros nomes também despontam. O deputado Carlos Cezar, líder do PL na Alesp, tem se mostrado forte concorrente. Amigo do presidente da Casa, André do Prado, Cezar conquistou o apoio de aproximadamente 80% dos parlamentares, atuando de forma estratégica para garantir sua indicação.
Essa dinâmica de disputa evidencia não apenas a relevância do TCE na política paulista, mas sim a complexidade e as relações de poder por trás de cada nome que aparece na lista. O que se desenha nas próximas horas pode definir não só a composição do tribunal, mas também os rumos financeiros dos governos que ele fiscaliza. E você, o que acha das movimentações politicas em torno dessa indicação? Compartilhe suas opiniões nos comentários!