
Em uma recente publicação, o influente jornal Wall Street Journal, reconhecido desde 1889, abordou o caso de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, que está sendo investigado por suas supostas ligações a um plano de golpe de Estado em 2022. O editorial destaca a descoberta de falsificações nos documentos de entrada de Martins nos Estados Unidos, revelando vulnerabilidades na segurança interna do país.
O artigo aponta que a situação complicou a vida da secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, que prometeu em janeiro uma “limpeza geral” nas operações da Alfândega e Proteção de Fronteiras. Seis meses após essa afirmação, a falta de explicações sobre os registros de viagem falsificados gerou questionamentos. O WSJ observa que um documento que, em tese, comprovava a entrada de Martins nos EUA foi publicado não uma, mas duas vezes desde 2024, levantando suspeitas sobre a integridade do sistema de imigração em Orlando, Florida.
Filipe Martins, associado a Jair Bolsonaro, é acusado de colaborar em um plano de golpe de Estado e, segundo o WSJ, seu registro de entrada nos EUA coincide com o dia em que Bolsonaro deixou o Brasil, antes da posse de Lula, em 1º de janeiro de 2023. Curiosamente, um primeiro registro, utilizado inicialmente pela Polícia Federal, havia desaparecido misteriosamente do sistema americano.
A defesa de Martins contestou essa alegação com evidências robustas, incluindo dados de celular, recibos e a lista de passageiros de um voo que ele tomou no Brasil no dia anterior à alegada entrada nos EUA, provando que a versão inicial da CBP estava incorreta. O Departamento de Segurança Interna, ao tomar conhecimento dos fatos, reconheceu que Martins não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo, resultando na remoção de um registro de entrada incorreto em junho de 2024. Contudo, o documento reapareceu recentemente no site da CBP, intensificando as controvérsias.
O WSJ não hesita em criticar o Supremo Tribunal Federal do Brasil, rotulando-o de “politizado” e afirmando que Martins deveria estar em liberdade enquanto prepara sua defesa. A publicação expressa preocupação com a deterioração da democracia no Brasil, mencionando uma tarifa de 50% imposta pelo ex-presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros como uma estratégia para pressionar Lula e o STF a cessarem a chamada “caça às bruxas” contra Bolsonaro e seus apoiadores. Apesar disso, as tensões permanecem e Bolsonaro se vê sob monitoramento com uma tornozeleira eletrônica, imposta por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
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