24 outubro, 2025
sexta-feira, 24 outubro, 2025

Altos salários e expertise: célula cumpre “salves” do PCC

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Em uma operação realizada em 24 de outubro, um plano audacioso do Primeiro Comando da Capital (PCC) foi desmantelado, revelando a intenção de assassinar autoridades, incluindo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. Em entrevista, Gakiya esclareceu que os responsáveis pelos assassinatos seriam integrantes das novas gerações do crime organizado, conhecidos como “novo cangaço”, que têm expertise em operações de alto risco.

“São integrantes do PCC que atuam em roubos a carro-forte e a bancos; criminosos que utilizam armamento pesado e explosivos”, detalhou Gakiya.

Esses criminosos não apenas recebem um salário substancial, variando entre R$ 20 mil e R$ 30 mil por mês, como também têm suas despesas cobertas para levar a cabo suas missões. Gakiya explicou que o financiamento necessário para essas operações pode superar R$ 1 milhão, Todas as despesas, desde o planejamento até a compra de armamento, são cuidadosamente custeadas por um setor especializado dentro da facção.

As investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), revelaram a existência de uma célula do PCC responsável por observar minuciosamente a rotina de Gakiya e do coordenador de presídios, Roberto Medina, assim como de seus familiares. O que começou como uma apuração de mensagens interceptadas de membros da facção culminou em uma operação coordenada para prevenir atentados contra esses funcionários públicos.

Na mesma manhã, a operação resultou na execução de 25 mandados de busca e apreensão em diversas cidades do interior de São Paulo, incluindo Presidente Prudente e Álvares Machado. O MPSP, junto com a Polícia Civil, identificou os envolvidos nas etapas de reconhecimento e vigilância, além de apreender materiais cuja análise poderá elucidar o planejamento dos atentados.

A trajetória de Lincoln Gakiya na luta contra o PCC é marcada por ameaças constantes. Com mais de 20 anos de experiência no combate ao crime organizado, o promotor vive sob escolta desde 2005, quando a facção decretou sua morte pela primeira vez. Em 2020, um plano para assassiná-lo foi desmantelado graças à descoberta de uma carta nas mãos de detentos, evidenciando as retaliações por suas ações legais.

Gakiya e seu trabalho têm se mostrado cruciais na desarticulação de grupos criminosos, mas também ressaltam a batalha constante entre as forças do bem e o crescente poder do crime organizado. O medo e a coragem coexistem nessa luta desigual, onde o destino de muitos depende do trabalho incansável de poucos.

Estamos acompanhando de perto os desdobramentos dessa história. Você hoje, o que pensa sobre a luta contra o crime organizado e a segurança das autoridades? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe sua visão sobre este tema tão relevante.

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