Álvaro Uribe, ex-presidente da Colômbia, está no centro de uma controvérsia que desafia os fundamentos de seu legado político. Recentemente, ele decidiu renunciar à prescrição de seu caso, um movimento audacioso em meio a uma condenação que o afastou de sua vida política. Sentenciado a 12 anos de prisão domiciliar por suborno e fraude processual, Uribe enfrenta agora um processo que não poderá ser arquivado, mesmo que o tribunal não tome uma decisão sobre sua apelação até 16 de outubro.
Em um documento enviado ao Tribunal Superior de Bogotá, Uribe expressou sua indignação: “A condenação imposta é equivocada e injusta.” Ele reafirmou seu desejo de ter sua inocência reconhecida, levando a bandeira de que seu julgamento é influenciado por motivos políticos. Como líder do partido direitista Centro Democrático, Uribe sustenta que está sendo alvo de pressões da atual administração de esquerda, liderada pelo presidente Gustavo Petro.
O tumulto em torno de Uribe começou em 2012, quando ele denunciou o senador de esquerda Iván Cepeda, acusando-o de tentar associá-lo a paramilitares. Entretanto, em 2018, a situação se inverteu, e a Suprema Corte passou a investigá-lo, revelando um enredo de manipulação de testemunhas. Cepeda afirmou que Uribe usou manobras jurídicas para desviar a atenção da acusação e anunciou planos de apresentar uma denúncia penal contra o ex-presidente. A juíza Sandra Heredia, responsável pelo caso, também relatou ter recebido ameaças, intensificando o clima de tensão.
Com a condenação de Uribe, uma figura proeminente na política colombiana, o cenário para as eleições presidenciais de 2026 se torna ainda mais complicado. A defesa de Uribe clama por uma avaliação rigorosa e justa de sua apelação, enquanto o país observa ansiosamente os desdobramentos desse caso que pode redefinir a narrativa política da Colômbia.
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