Na manhã de hoje, um capítulo polêmico da política baiana veio à tona com a nova fase da Operação Overclean, que novamente mira figuras proeminentes. Dentre os alvos do dia, o ex-prefeito de Paratinga, Marcel Carneiro de Carvalho, se destaca ao ser nomeado para um cargo na gestão de Jerônimo Rodrigues (PT), apenas dias após a deflagração da operação. O Diário Oficial do Governo da Bahia trouxe à luz que Marcel agora é Assistente do Quadro Especial da Casa Civil, atuando diretamente na Secretaria de Relações Institucionais (Serin) desde 24 de maio.
Surpreendentemente, sua nomeação não é um caso isolado. Vários ex-gestores, incluindo aqueles que perderam recentemente nas urnas, têm sido acomodados em posições similares. Nomes como Adélia Pinheiro e Júlio Pinheiro também permaneceram ativos no governo, mesmo após derrotas eleitorais. Assim, o ciclo de acomodação política parece continuar, levantando questões sobre a ética e a transparência na gestão pública.
A nova fase da Operação Overclean traz à tona um conjunto expressivo de mandados de busca e apreensão, atingindo cidades como Salvador, Camaçari, e Boquira. Além de Marcel, os prefeitos de Ibipitanga e Boquira, Humberto Raimundo Rodrigues de Oliveira e Alan França, também enfrentam o afastamento, enquanto a PF realiza apreensões significativas, embora os valores permaneçam em sigilo.
Os crimes em análise incluem desde a corrupção ativa e passiva até a fraude em licitações e lavagem de dinheiro, complicando ainda mais a imagem de um sistema que, ao que parece, busca proteger figuras importantes, mesmo quando sob investigação. O caminho seguido por esta operação, iniciada em dezembro de 2024, desafia não apenas os acusados, mas o próprio tecido da política baiana.
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