Em um movimento decisivo, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) encerrou, nesta terça-feira (25), a autorização para a Voepass operar voos comerciais no Brasil. A determinação marca a cassação definitiva do Certificado de Operador Aéreo da Passaredo Transportes Aéreos, empresa central do grupo Voepass.
Esta medida drástica é consequência de falhas significativas nos processos de manutenção da companhia, especialmente em um contexto sombrio: o trágico acidente em agosto de 2024, em Vinhedo (SP), que resultou na perda de 62 vidas. Desde o inicio do ano, as operações da Voepass já estavam suspensas e a empresa estava sob vigilância rigorosa.
A Anac, ao analisar os dados do Sistema de Análise e Supervisão Continuada (SASC), identificou práticas recorrentes de irregularidades. Entre as principais violações, destacam-se a execução inadequada de inspeções de manutenção que deveriam, por norma, ser validadas por um segundo técnico. Esse fator é particularmente alarmante, pois compromete a segurança fundamental das operações aéreas.
Além de revogar a licença, a Anac também impôs uma multa significativa de R$ 570,4 mil à Voepass. A agência enfatizou que não há espaço para apelação contra essa decisão, evidenciando a gravidade dos problemas que persistiram mesmo após alertas e tentativas de correção. A mensagem da Anac é clara: as falhas identificadas não foram simples incidentes isolados.
“Esse cenário fundamentou a conclusão da perda da capacidade de atuação do sistema de supervisão da companhia,” declarou o órgão regulador. A segurança deve estar sempre em primeiro lugar, e, neste caso específico, o comprometimento sistêmico da Voepass inviabiliza qualquer perspectiva de retorno seguro às atividades.
Qual é a sua opinião sobre essa medida da Anac? Você acha que a segurança é garantida o suficiente nas companhias aéreas? Compartilhe seus pensamentos nos comentários abaixo!