24 outubro, 2025
sexta-feira, 24 outubro, 2025

Animais também ficam mais mal-humorados com a idade, revela estudo

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Ter um pet em casa é uma experiência cheia de amor, mas você já parou para notar como o comportamento deles pode mudar com o tempo? Assim como nós, os animais também envelhecem e passam por transformações físicas e emocionais que podem levar a um certo mau humor. Um estudo fascinante da Universidade de Leeds, liderado pelo Dr. Josh Firth, revelou que esse fenômeno de isolamento social não é exclusivo dos humanos, mas uma tendência observada em mais de 150 espécies, incluindo aves e mamíferos.

Ao longo do tempo, os animais tendem a se distanciar de interações sociais, um comportamento que pode ser visto como um mecanismo de sobrevivência. O Dr. Firth sugere que essa diminuição nas interações ajuda a preservar a saúde dos indivíduos mais velhos. O doutor em ciência animal, Bruno Divino, enfatiza que o envelhecimento pode desencadear mudanças sutis, mas significativas no comportamento dos pets.

“Essas alterações podem ser indicativas de doenças subjacentes, como dor crônica, que frequentemente passa despercebida, ou uma diminuição nas funções cognitivas, similar à Síndrome de Disfunção Cognitiva em humanos”, explica Bruno.

Entre os sinais de que seu companheiro pode estar enfrentando dificuldades estão a perda de interesse por brincadeiras e a irritabilidade em situações habituais. Animais mais velhos também podem mostrar sintomas de desorientação, como se confundir em casa ou tentar sair por portas erradas. Além disso, a ansiedade pode aumentar, especialmente quando estão sozinhos, resultando em alterações nos padrões de sono ou vocalização.

Mas o que está por trás desse “mau humor”? Não é apenas o ato de envelhecer. A dor crônica costuma ser a verdadeira responsável por transformar o temperamento dos pets. O desconforto pode levá-los a evitar o contato, gerando comportamentos agressivos ou de isolamento.

“A dor, mesmo que sutil, pode fazer com que o animal desenvolva agressividade ou se isole para evitar o contato”, afirma Bruno.

Além da dor, a perda dos sentidos, como visão e audição, tem um papel importante no comportamento deles. Um animal com dificuldades de perceber o ambiente pode ficar mais ansioso, provocando um ciclo de medo e estresse.

A boa notícia é que existem maneiras de proporcionar conforto e qualidade de vida aos nossos amigos de quatro patas nesta fase da vida. Consultas regulares ao veterinário e pequenas adaptações no lar podem fazer toda a diferença. Manter visitas ao veterinário a cada 6 a 12 meses é crucial para avaliar a saúde do seu pet e identificar potenciais problemas.

Cachorro idoso no veterinário
Adaptações simples ajudam a tornar o dia a dia dos animais idosos mais confortável

Implementar rampas, usar tapetes antiderrapantes e estabelecer uma rotina consistente pode trazer segurança e tranquilidade para o seu animal. Bruno recomenda que, mesmo antes da velhice, é fundamental adotar cuidados permanentes de saúde e comportamento, garantindo assim uma vida mais harmoniosa para o seu pet.

Como você tem cuidado do seu amigo peludo? Compartilhe suas experiências ou dúvidas nos comentários! Vamos juntos fazer a diferença na vida dos nossos amados companheiros!

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